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Para dançar: dez pérolas do samba-rock, um gênero verdadeiramente brasileiro

Redação Publicado em 18/08/2017, às 14h29 - Atualizado às 14h32

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Jorge Ben Jor - Leo Aversa
Jorge Ben Jor - Leo Aversa

Jorge Ben - “Chove Chuva”

O cantor e guitarrista carioca fez parte da primeira geração de roqueiros brasileiros e era amigo de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Carlos Imperial e cia. Além do rock, Ben também era adepto do samba e da bossa nova. Quando gravou seu álbum de estreia, Samba Esquema Novo (1963), ele veio com uma excitante mistura de estilos. Apesar de a bossa nova ainda se mostrar bem pronunciada no trabalho, o samba-rock nascia nos grandes hits “Chove Chuva” e “Mas Que Nada”.


Los Shakers - “Never Never”

Os músicos do quarteto uruguaio Los Shakers estavam ligados em sons brasileiros e foram pioneiros do samba-rock com o mega-hit “Never Never” (1966). A canção tem uma melodia bem ao estilo dos Beatles, mas, com a levada de samba no meio, ganhou um gingado especial.


Noriel Vilela – “16 Toneladas”

Dono de uma voz grave, Noriel Vilela fazia parte dos Cantores de Ébano, o mais tradicional grupo de música gospel e folclórica do Brasil. Quando saiu em carreira solo, Vilela deixou a religiosidade para trás e começou a gravar canções que pareciam pontos de macumba. Em 1971, ele registrou “16 Toneladas”, versão em português para “16 Tons”, canção de Merle Travis imortalizada por Tennessee Ernie Ford. Vilela morreu em 1975 e hoje é cultuado.


Franco - “O Rock do Rato”

Na década de 1970, o cantor Franco foi uma das caras do samba-rock, sendo esta divertida canção o maior sucesso dele. Mais tarde, o artista depois abandonou os palcos e virou produtor e empresário (e é pai dos rapazes do trio KLB).


Os Incríveis - “O Vendedor de Bananas”

O quinteto paulista Os Incríveis se destacou na época da Jovem Guarda, estourando com a instrumental “O Milionário”. Eles eram músicos versáteis e logo passaram a tocar outros estilos. A interpretação deles para “O Vendedor de Bananas”, de Jorge Ben, é definitiva e marcou os bailes da época.


Elza Soares - “É Isso Aí”

A grande dama do samba nunca foi muito tradicionalista e passeou por várias vertentes do estilo. “É Isso Aí” é uma saborosa salada: tem levada de samba rock, um pouquinho de samba de breque e vocais jazzísticos. A letra parece indecifrável – na verdade, Elza desfila inúmeras gírias dos anos 1970 que hoje estão perdidas no tempo.


Trio Mocotó - “Pensando Nela”

A união do Trio Mocotó com Jorge Ben no palco e no estúdio, no começo da década de 1970, fez história. O samba-rock se tornava cada vez mais popular. “Pensando Nela”, um dos destaques do catálogo do Trio, é uma canção mais lenta e com nuances de jazz, feita para se dançar colado.


Elizabeth Viana - “Meu Guarda-Chuva”

Considerada até hoje a rainha do samba-rock, Elizabeth Viana nasceu no interior de São Paulo e estourou em 1969 com “O Meu Guarda-Chuva”, composição de Jorge Ben. Ela também foi a musa inspiradora de “Bebete Vãobora”, outro clássico de Ben.


Luiz Américo - “Camisa Dez”

Esse cantor e compositor de Santos emplacou em 1974 “Camisa Dez”, criticando a seleção de futebol brasileira da época, cujo técnico era Zagalo. Ele cita dentre outros, Leão (goleiro do Palmeiras); Furacão (Jairzinho), do Cruzeiro; Pau Pereira (Luiz Pereira), do Palmeiras, e o Garoto do Parque (Rivelino), do Corinthians. O Camisa Dez é Pelé, que não foi convocado.


Erlon Chaves e sua Banda Veneno – “Eu Também Quero Mocotó”

Pouco lembrado hoje, o maestro Erlon Chaves foi um superastro na década de 1970. Além de excelente músico, ele também era um showman de primeira e suas apresentações com a Banda Veneno eram uma verdadeira farra. “Eu Quero Mocotó”, de Jorge Ben, foi um grande hit.