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Patrícia Costa, uma mulata de corpo, alma e poesia

Redação Publicado em 22/03/2013, às 20h14 - Atualizado às 20h15

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Patricia Costa - Divulgação
Patricia Costa - Divulgação

Por Cláudia Boëchat

Essa moça cresceu no samba. Neta de Claudio Bernardo da Costa, um dos fundadores da Portela, não só conviveu com figuras já lendárias como virou passista e fez do samba sua profissão, apesar de ter se formado arquiteta. É cantora, atriz e bailarina. Várias vezes esteve à frente da bateria de uma escola de samba no sambódromo carioca. Como madrinha da Viradouro por oito anos, teve o privilégio de estar junto de Joãosinho Trinta e de ser a única a conquistar um Estandarte de Ouro. Essa é Patrícia Costa, 42 anos, mulata de corpo, alma e poesia.

Pode ser vista na TV como a Professora Sônia, de Malhação, mas seu maior talento está no teatro. Fez vários musicais, entre eles Divina Elizeth, É Samba na Veia, É Candeia, Otelo da Mangueira, Orfeu, O Bem do Mar e Missa dos Quilombos. Atualmente, se apresenta no Teatro Dulcina, no Rio (de sexta a domingo, às 19h), onde integra o elenco de Noel Rosa - Feitiço da Vila. Mais uma vez brilhando no samba. Vive Aracy de Almeida. Dá corpo a Deolinda, mulher de Cartola. Se transforma em uma diva do rádio. Apresenta “Três Apitos” e “Último Desejo” em interpretação solo, no espetáculo que tem Marcio Sant’Anna como Noel, papel que já foi de Marcelo Serrado em montagem anterior.

Contudo, em vez de ficar apresentando Patrícia, é melhor que ela mesmo faça isso, por meio de um trecho do espetáculo Mulata Sou, show elaborado e produzido por ela com a parceria do irmão, o músico Cláudio Costa. Não está em cartaz agora, mas vai voltar logo, percorrendo o Brasil. Patrícia trabalha para isso. Neste espetáculo, ela fala do que é ser mulata passeando por músicas de Ary Barroso, Zé Ketti, Jackson do Pandeiro, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Caetano Veloso... Fala do samba e, por tabela, de si mesma. Não dá para separar a vida de Patrícia da batucada.

Agora, vamos vê-la cantando “Três Apitos” (Noel Rosa) no espetáculo atual:

“Eu Preciso Aprender a Ser Só” (Marcos e Paulo Sérgio Valle) em Divina Elizeth:

E, para quem quiser conhecer um pouco mais da madrinha de bateria, um trecho do espetáculo da Arquitetura do Movimento Cia. de Dança, onde ela conta sua história:

Patrícia também estará na exposição fotográfica Negra Identidade, do Movimento Cultural Mulheres de Zé, na Fundição Progresso, também no Rio, a partir do dia 25.

Para falar com Cláudia Boëchat, envie e-mail para claudia.boechat@rollingstone.com.br