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Tinoco: caipira sim senhor!

Redação Publicado em 06/05/2012, às 09h21

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Tonico e Tinoco - Divulgação
Tonico e Tinoco - Divulgação

Por Cláudia Boëchat

Com a morte de Tinoco, aos 91 anos, na última sexta-feira, dia 4, a MPB sofre a perda de um grande símbolo da cultura “sertaneja”, caipira mesmo, aquela que retrata a simplicidade poética do povo que vive nas muitas “roças” que cobrem esse país. Tonico e Tinoco fizeram história. Tonico morreu em 1994. Ficou o legado da dupla. É difícil dizer qual o maior sucesso dos dois, mas a canção “Chico Mineiro” (Tonico e Francisco Ribeiro) com certeza é um deles. Sucesso que rendeu muitos "filhotes" como “A Vingança de Chico Mineiro” (Tonico e Sebastião Oliveira) e outras músicas de diversos compositores que a gente encontra ao pesquisar o tema: “A Mãe do Chico Mineiro”, “O Primo do Chico Mineiro” e por aí vai... Vamos ver como começou essa grande ‘família’:

“Chico Mineiro”:

Agora, ouça “A Vingança do Chico Mineiro” cantada por Inezita Barroso, apresentadora do programa Viola Minha Viola, da TV Cultura, onde Tinoco se apresentou pela última vez, dois dias antes de morrer:

“Tristeza do Jeca” (Angelino Oliveira) é outro sucesso de Tonico e Tinoco. A dupla gravou cerca de 1.200 músicas. Porém, para variar um pouquinho, resolvi mostrar aqui na voz de outros grandes nomes da MPB. É uma bonita cena familiar onde cantam Caetano Veloso e Maria Bethânia com a mãe, Dona Canô:

E, falando em música sertaneja, me lembrei de “Luar do Sertão” (Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco), sucesso na voz de Tonico e Tinoco e também gravada por outros importantes intérpretes. Essa foi a canção apresentada, por exemplo, pela diva Marlene Dietrich ao visitar o Brasil, em 1969. Ouça com na voz da atriz que nasceu na Alemanha e se tornou uma grande estrela do cinema americano:

Aliás, Tonico e Tinoco também foram para o cinema. Segundo o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, fizeram seis filmes com temática regional, produzidos ou coproduzidos por eles: Lá no Meu sertão, Obrigado a Matar, Luar do sertão, Marca da Ferradura, Os Três Justiceiros e Menino Jornaleiro. Escreveram livros e peças teatrais. Foram longe com sua comitiva...

Para terminar, “Moreninha Linda” (Tonico, Priminho e Maninho), aqui em um trecho do filme Lá no Meu Sertão, de 1961:

Para falar com Cláudia Boëchat, envie e-mail para claudia.boechat@rollingstone.com.br