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Exclusivo: Boogarins mostra toda a psicodelia ao vivo; ouça e baixe “Infinu”, gravada em Orlando

Faixa integra o primeiro álbum do quarteto, As Plantas que Curam, lançado em 2013

Pedro Antunes Publicado em 20/11/2014, às 16h19 - Atualizado em 21/11/2014, às 09h36

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Nova formação do Boogarins, com Ynaiã Benthroldo (à esq.) na bateria.  - Divulgação
Nova formação do Boogarins, com Ynaiã Benthroldo (à esq.) na bateria. - Divulgação

Por Pedro Antunes

O primeiro encontro com o Boogarins foi ainda em novembro de 2013, durante a edição do festival Vaca Amarela, em Goiânia, Benke Ferraz (guitarra) e Dinho Almeida, fundadores da banda no ano anterior, já tinham a companhia de Hans Castro (bateria) e Raphael Vaz (baixo). No palco do cultuado espaço cultural Martin Cererê. O quarteto colocou o público em transe por quase um hora, ao som das canções do disco As Plantas Que Curam veja mais aqui. A primeira entrevista foi realizada em camarim compartilhado com outras sabe-se-lá-quantas-bandas.

Um ano passou e o Boogarins ganhou o mundo. Foram 101 shows no exterior, além de performances elogiadas por aqui. As Plantas que Curam entrou na lista de melhores álbuns de quase todas as listas que importam e os garotos, hoje, já se preparam para pensar em um sucessor, agora com Ynaiã Benthroldo na bateria.

Antes disso, Benke e companhia, em parceria com o Sobe o Som, blog dedicado à música alternativa da Rolling Stone Brasil, lançam uma versão exclusiva de “Infinu”, faixa do álbum de estreia, gravada ao vivo durante uma performance do grupo em maio deste ano, quando o quarteto abriu para o Of Montreal, em Orlando, nos Estados Unidos. A captação de áudio é de Michael Gouker.

Boogarins – “Infinu – Live in Orlando”

Faça o download aqui (disponível até o dia 27 de novembro)

Leia a entrevista completa com Benke Ferraz:

Quantos shows vocês fizeram no exterior, no total?

Benke Ferraz: Foram 101 shows durante essa primeira temporada fora.

Essa turnê, a primeira de vocês, deve ter sido uma experiência e tanto.

Tivemos várias. Dividir palco com o Jacco Gardner três vezes, no mesmo ano, não era algo que esperávamos. Tocar “Tally Ho”, no palco, com o The Clean. Acho que o primeiro choque de verdade que tivemos foi quando chegamos em Austin [nos Estados Unidos] para os primeiros shows do SXSW e nos falaram que o vizinho da casa onde estávamos hospedados era Roky Erickson.

Quais os momentos mais especiais?

Os shows em Portugal foram muito especiais. Depois de tanto tempo sem ter contato com nossa língua, ouvir as pessoas cantando todas as músicas foi incrível. Deu uma renovada no nosso ânimo depois de quatro meses fora de casa.

Como a estrada e os encontros musicais da turnê influenciam vocês? Estão com ideias para o novo disco?

Já tínhamos muitas canções para um próximo disco mesmo antes da turnê. Acho que as músicas do próximo disco vão ser mais a cara da banda que somos no palco, já que praticamente todos os arranjos surgiram com os 4 tocando juntos.

Essa versão de “Infinu”, gravada em Orlando, em maio, marca quase o meio da turnê de vocês. Qual sentimento você tem ao ouvi-la?

Esse foi o penúltimo show antes de voltarmos ao Brasil para alguns shows. Estávamos há 2 meses fora, tocando todos os dias. Soava como o fim de uma primeira parte da turnê e, em poucos dias, estaríamos tocando em casa novamente. Tudo estava mais alto e mais forte do que no inicio.

Como o público do Of Montreal reagiu a vocês?

O publico do Of Montreal sempre está lá para fazer uma grande festa, né? Mesmo que fosse uma terça-feira, como aquele dia. Era vontade de extravasar mesmo. E era demais. Quando começávamos a tocar, não nos recebiam como uma banda de abertura, mas como parte da festa.

A música, quando for tocada novamente em São Paulo, por exemplo, no Popload Festival, vai ser bem diferente do que podemos ouvir neste registro. Consegue sentir a música ganhando vida, ali, ao vivo?

Não tem jeito, né? Dinâmica, duração, tudo aquilo que acontece espontaneamente de acordo com o estado do público e nosso. Se a gente está se divertindo, fica difícil dizer quando vai acabar.

O Hans Castro, responsável pela bateria, deixou o grupo há pouco tempo. O que aconteceu?

Passamos os últimos meses focados totalmente na banda, né? De março até setembro viajando, ficando fora de casa. Deixamos de lado outros projetos, família, namoradas, faculdade por causa da banda. O Hans agora esta fazendo o inverso, assim como nós sentiremos necessidade de fazer algum dia também.

E como vocês chegaram ao Ynaiã Benthroldo? Como estão os ensaios?

Tudo esta soando muito bem. O Ynaiã é um baterista muito sensível e captou as músicas muito rápido. Não preciso falar muito sobre ele, né? Sempre vou lembrar dele tocando com o Gilberto Gil, durante um Goiânia Noise, anos atrás. Gilberto Gil uai!

Sobre o novo álbum, o que vocês já têm de músicas prontas?

Entre a primeira e a segunda turnê internacional, conseguimos parar por algumas semanas em um estúdio em Gijon, na Espanha. Gravamos bastante coisa por lá. Nem tudo estará no próximo disco, mas já estamos trabalhando no que captamos por lá.

Aliás, vi que vocês assinaram com o selo Tralalá. Vocês chegaram bem longe sem um selo aqui no Brasil. O que vocês esperam com essa parceria?

A Tralalá tem um grupo de pessoas incríveis trabalhando pelos artistas. Temos muito a aprender com eles e é um privilégio fazer parte de um projeto como esse. Além de com certeza facilitar o acesso, do nosso público aqui no Brasil, aos discos e CDs. Até então o único jeito era importar, né? Eu teria preguiça de fazer isso.