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Exclusivo: Charlie & os Marretas flerta com o funk no single “Coração Quadril”

Banda paulista adianta ecletismo do segundo disco da carreira, chamado Morro do Chapéu, que está em campanha de crowdfunding

Lucas Brêda Publicado em 14/09/2016, às 17h44 - Atualizado às 18h34

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Charlie & Os Marretas - Jonas Tucci/Divulgação
Charlie & Os Marretas - Jonas Tucci/Divulgação

Por Lucas Brêda

“Coração quadril/ Melhor remédio nunca existiu”, diz o refrão do novo single do Charlie & Os Marretas, “Coração Quadril”. Musicalmente, a música evoca as batidas e as rimas descaradas do funk brasileiro, mas a cama de sintetizadores e a poesia entregam: é mais uma amostra da sonoridade despojada e irreverente do grupo paulista do selo Risco.

O Charlie & Os Marretas ainda está trabalhando o primeiro disco, autointitulado, lançado em 2014, mas começa a avistar o álbum sucessor, chamado Morro do Chapéu e anunciado com uma campanha de financiamento coletivo. O crowdfunding fica no ar até 7 de outubro, véspera do show de lançamento do segundo disco da banda, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.

“Coração Quadril”, a propósito, adianta um dos aspectos do novo trabalho: a diversidade sonora. “Morro do Chápeu é um disco bem mais eclético que nosso primeiro”, adianta o baixista da banda, Guilherme Giraldi. “Não quisemos ficar restritos a um estilo e suas vertentes, também não fazia mais sentido para a banda.”

Se o álbum Charlie & Os Marretas e o single seguinte, “O Trem”, eram calcados em uma abordagem dançante e retrô – remetendo ao funk dos anos 1970 e à soul music –, o sucessor tem um pé na música pop. “Todos nós escutávamos muito funk 70s e essa era a grande referência de música dançante”, diz. “Neste intervalo, começamos a escutar muito mais outros grooves e abrimos bastante os ouvidos para a música pop.”

Para o baixista – e como é perceptível em “Coração Quadril” –, Morro do Chapéu tem maior “foco nas letras”. “O [André] Vac, compositor da grande maioria das músicas, trabalhou bastante em construir narrativas e atmosferas através das letras”, revela Giraldi. “Não é um disco de grandes solos de sopros e teclado, pois o foco não está centrado tão fortemente no instrumental.”

“O que guia a escuta é a história que está sendo contada e a produção criada para ambientar essa narrativa”, acrescenta o baixista. A leve “Coração Quadril”, por exemplo, é quase uma ode à dança como espécie de caminho para a cura da tristeza. Giraldi, em seguida, confirma: “Só não mudou o principal: é [música] pra dançar!”

Abaixo, ouça “Coração Quadril”, lançada nesta quarta, 14, com exclusividade pelo blog Sobe o Som (espaço dedicado à música nacional alternativa na Rolling Stone Brasil).