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The Rockefellers

Os caubóis do inferno são fiéis às raízes

Adriana Alves Publicado em 09/11/2007, às 12h36 - Atualizado em 13/11/2007, às 12h50

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Os goianos Rockefellers: (da esq. para a dir.) Leo, Beto e Ed - Augusto Quinan (Rockefellers)
Os goianos Rockefellers: (da esq. para a dir.) Leo, Beto e Ed - Augusto Quinan (Rockefellers)

Plugados em goiânia (GO), a mais forte candidata brasileira a capital do rock nacional, o Rockefellers faz com maestria a manjada fusão de blues com música country - o chamado "southern rock": longos solos de guitarra e temas-clichê como a vida na estrada, o álcool e os anti-heróis fazem parte do repertório de King Size (2006), primeiro lançamento do grupo, pelo também goiano selo Monstro Discos. "Ganhei um vinil do Guns n' Roses de um tio e na semana seguinte já tinha um violão e queria ser o Slash", conta Ed Rockefeller, que acabou dominando o baixo em vez da guitarra de seu ídolo.

Formado por Ed, Beto (voz e guitarra) e Leo (bateria) - todos carregam o sobrenome da banda -, o Rockfellers busca o momento certo para viver da música que faz e nem pensa em deixar a cidade natal. "Amamos nosso estado, nossa cidade, nossa terra, o local em que moramos e fomos criados. Tem muita coisa boa aqui, muita manifestação cultural genuína e estou falando tanto da cena rock independente quanto dos dançarinos caipiras de catira do interior", afirma Beto, que não dispensa seu chapéu de vaqueiro quando está em cima do palco. "Ainda temos ótimos rios para a pesca e um povo bastante educado e hospitaleiro. Temos muito orgulho de sermos goianos", completa Ed, formado em letras e atualmente com um emprego em uma oficina mecânica.

King Size é um disco diversificado dentro do estilo a que o Rockefellers se propõe: tem baladas, blues, country em alta velocidade. Por conta dessas características, o grupo costuma ter seu nome associado ao dos suecos The Hellacopters - algo que a banda não rejeita. "Na época da gravação, a banda tinha dois guitarristas fazendo solos e riffs bem velozes. Isso favoreceu a comparação", diz Beto, defendendo outras referências pouco notadas: "Temos uma típica balada southern rock, um 'Texas blues' à la Johnny Winter, uma música semi-instrumental e influências como [Jimi] Hendrix, Steve Ray Vaughan, AC/DC".

O sucessor de King Size já está gravado e sai até dezembro. "Está diferente do primeiro, tem uma nítida evolução dos timbres e da personalidade do som", crê Beto, que em 2008 planeja cair na estrada ao lado dos Rockefellers, em busca do maior número de palcos possível. E claro, depois de tudo, retornar para Goiânia.

Ouça: "Cheating on Me Mama" em www.tramavirtual.com.br/ the_rockefellers.