Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Gabi Almeida

Trip-hop bilíngüe

Adriana Alves Publicado em 11/02/2008, às 11h26 - Atualizado às 15h04

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Cantora paulista com disco gravado entre Floripa e Londres - Divulgação
Cantora paulista com disco gravado entre Floripa e Londres - Divulgação

Um belo dia, uma amiga mostrou a Gabi Almeida o que era Led Zeppelin. "Me apaixonei por aquilo. Curti aquelas guitarras e os vocais sensuais e melódicos de Robert Plant. Foi então que soube que o que queria fazer era cantar, tocar e compor", explica a cantora paulistana, que gravou Paint My Colours/Pinte Minhas Cores (2007), seu disco de estréia, entre viagens a Londres e Florianópolis.

Ao lado do gosto por Led Zeppelin, uma guitarra de presente aos 13 anos e a diversidade cultural da capital inglesa (onde morou durante a adolescência) formaram a receita responsável pelo que é hoje a música criada pela cantora. "Em Londres, você entra em contato com canções de todos os continentes e adquire um pouco de toda essa diversidade", diz a compositora, que conseguiu trilhar um caminho musical pela Europa. "Com exceção de alguns trabalhos em restaurantes no começo, sempre vivi financeiramente da música com os seus altos e baixos", comenta. "Comecei a cantar no metrô, depois em bares de subúrbio até começar a fazer turnês com artistas profissionais". Entre esses trabalhos, está a turnê que fez ao lado de Tricky (Ex-Massive Attack), com quem colaborou usando a voz. "Essa foi uma das coisas mais importantes que me aconteceram. O Tricky é um artista genial."

A influência do trip-hop de grupos como o próprio Massive Attack é claramente audível no trabalho de Gabi. Antes de gravar o disco e fixar residência em São Paulo, ela se jogou pelo mundo atrás de inspirações para Pinte Minhas Cores. "Comecei a escutar música árabe, indiana, espanhola, além de outras influências. Morei um tempo na Espanha e viajei por vários estados brasileiros, o tempo todo com um violão nas costas, compondo e me inspirando."

As músicas, cantadas parte em português e parte em inglês, trazem um clima eletrônico e intimista, recheado de sussurros. "A sensualidade é muito importante na minha composição. As músicas que mais me inspiraram sempre foram as escolhidas para momentos a dois."