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Começar de Novo

Marcão, ex-Charlie Brown Jr., procura suas raízes com o TH6

Pablo Miyazawa Publicado em 08/07/2008, às 14h58

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TH6 (Da esq. para a dir.) Tite, Filipe, Lenon e Marcão
TH6 (Da esq. para a dir.) Tite, Filipe, Lenon e Marcão

Após deixar a função de guitarrista do Charlie Brown Jr. em 2005, o guitarrista Marco Britto quis um tempo para "colocar as idéias no lugar". Afastado das turnês, fãs e conflitos que causaram a dissolução de sua ex-banda, o músico se concentrou em explorar idéias adormecidas e angariar integrantes para um novo projeto. "Achei melhor fazer com calma do que partir no desespero", argumenta o hoje líder do TH6 (que inclui o vocalista Tite Martins, o baixista Lenon Scarpa e o baterista Filipe Costa). "Me senti bem para pensar com quem iria tocar, como iria estruturar. Tive tempo para pesquisar coisas de guitarra, me concentrar nas letras."

Gravado nos últimos três anos no estúdio caseiro de Marcão, em Santos (SP), Contra Insetos Parasitas, primeiro registro em CD do TH6, traz 25 faixas que circulam pelo hardcore, new metal e dub e não disfarçam influências do próprio Charlie Brown Jr. Em "Insanidade Coletiva", o tímido guitarrista se arrisca pela primeira vez nos vocais. "Achei legal a experiência, mas prefiro me concentrar na guitarra", desconversa.

Tico Santa Cruz (Detonautas), Badauí (CPM 22), Di e Gee (NX Zero), além de Champignon (baixista) e Pelado (baterista) - que também deixaram o CBJ em 2005 - são alguns dos convidados do disco, que contou com a assessoria do produtor Tadeu Patolla. "Achei legal eles terem topado. O rock é um segmento que poderia ser mais unido", afirma Marcão, reticente sobre os motivos que levaram à saída da banda em que atuou por mais de dez anos. "Nunca me expliquei, porque não quero bancar a lavadeira. Guardo um aprendizado relacionado a coisas parasitas que envolvem a fama", disfarça, mencionando o título de seu disco e reforçando que não guarda mágoas dos atuais membros do ex-grupo. "Tenho uma relação amigável com o Chorão [vocal] e o Thiago [guitarra], mas a gente não se fala tanto. Tenho o maior respeito, não é por falta de afinidade."