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De Volta para o Passado

Grenade, referência do rock independente, mira a esquisitice

Por Leonardo Dias Pereira Publicado em 08/09/2008, às 15h34 - Atualizado em 09/09/2008, às 16h52

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A formação da banda é rotativa: Rodrigo Guedes (à esquerda), o mentor, e Paulo Gutierrez, baixista, que integra o grupo desde o início - Divulgação
A formação da banda é rotativa: Rodrigo Guedes (à esquerda), o mentor, e Paulo Gutierrez, baixista, que integra o grupo desde o início - Divulgação

Life as a sinner, disco lançado este ano pelo guitarrista e vocalista Rodrigo Guedes e sua banda, o Grenade, marca o encerramento de mais uma fase na agitada carreira de Guedes, um dos músicos mais relevantes do underground brasileiro.

Sua primeira movimentação musical se deu no início dos anos 90, em Piracicaba (SP), com a cultuada banda The Killing Chainsaw (que chegou até em Kurt Cobain). Pouco depois, o grupo acabou, mas não sem antes influenciar boa parte daquela geração. "Depois do rompimento, pude fazer o que queria. Tinha um violão ruim, um microfone ruim, um Tascam (gravador caseiro de quatro canais) e um PC que mal sabia usar", brinca. As músicas dessa época tinham influência de folk e psicodelia e foram lançadas no álbum A Child's Introduction to Square Dancing (1998), primeiro registro sob o nome Grenade. Nesse esquema "one-man-band", ele ainda lançou mais dois álbuns, mas a necessidade de transpor as músicas para o palco fez o projeto tornar-se uma banda com formação rotativa.

Acompanhado de Paulo Gutierrez (baixo), Eric (guitarra) e Vitor Gorni (bateria), gravou o álbum homônimo (2004, Slag Records), masterizado pelo conceituado produtor Steve Fallone nos Estados Unidos. Agora, após Life as a Sinner, que marca a ruptura com a fase mais roqueira do grupo e já com novo guitarrista (Adalto Mangue no lugar de Eric), a meta é o passado. "O grande lance que marca o Grenade é a falta de propósito. O próximo disco, que já está sendo preparado, vai ser mais estranho, com muita psicodelia e dissonância. Vamos voltar para 1991."