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Surfando a Nova Onda

Lojas virtuais, celulares e downloads por assinatura revolucionam o modo como consumimos a música hoje

Por Ademir Correa Publicado em 10/11/2008, às 12h13

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Na cultura de massa, e no capitalismo, nada se cria, tudo se copia, se vende, se transforma. Ações underground são apropriadas pelo pop e, assim, um ciclo de consumo renasce inúmeras vezes, renovado. Atentos a esses tempos em que atitudes individuais independentes redefinem a forma como interagimos com a música e com a imagem - através da troca informal de arquivos, dos streamings, dos trechos caseiros de shows e dos videoclipes amadores online -, empresas já apresentam planos para que esse boom virtual e portátil gere dividendos. Diante dos progressos da tecnologia, de um promissor esquema de neocomercialização e do carisma de grandes estrelas, gravadoras, selos, operadoras de celular e multinacionais da telefonia unem-se e fazem suas apostas - não necessariamente no novo, mas no consagrado - em outros formatos.

"Música tem que promover mudanças. Não pode ser apenas paga", Will.i.am, do Black Eyed Peas, anuncia quebras de paradigmas para o 'valor' do entretenimento. "O que é um álbum hoje?", ele questiona um público ávido pela boa-nova - a saída (legal para os usuários e também para artistas, gravadoras e selos) que vai frear a gratuidade dos downloads (legais para os usuários, ilegais para artistas, gravadoras e selos). O discurso do porta-voz do BEP, ocorrido na primeira semana de outubro no palco da Koko Club (reduto londrino por onde já passaram ícones como The Clash e Sex Pistols), fazia parte do encontro em que foi apresentado o "Comes With Music (CWM)", o serviço da finlandesa Nokia que prevê acesso ilimitado a um catálogo de cerca de 5 milhões de canções, durante um ano, comercializado em diferentes mobiles. Uma negociação sem igual da companhia com majors (EMI, Universal, Sony/BMG e Warner), selos e gravadoras independentes (The Orchard, Beggars Group, IODA, The Ministry of Sound, Pias e Pinnacle) faz com que os "clientes" permaneçam com o que foi baixado, no celular e/ou no PC, através da Nokia Music Store - loja virtual que será lançada no Brasil em 2009, junto com o CWM. "Os usuários não precisam se preocupar com o custo de um álbum ou de uma faixa única", afi rma o presidente executivo e diretor da área de negócios de entretenimento da Nokia, Tero Ojanperä. "E você guarda esse conteúdo para sempre", completa a vice-presidente de marketing da empresa, Jo Harlow.

Você lê esta matéria na íntegra na edição 26, novembro/2008