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Manual, ou Guia Livre de Dissolução dos Sonhos

Boogarins

José Flávio Junior Publicado em 28/10/2015, às 11h05 - Atualizado em 18/05/2016, às 16h09

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Boogarins amadurece as gravações - Beatriz Perini
Boogarins amadurece as gravações - Beatriz Perini

Manual, ou Guia Livre de Dissolução dos Sonhos

Ainda que tenha sido fundamental para que o mundo tomasse conhecimento do Boogarins, As Plantas que Curam não passava de um experimento caseiro de dois garotos goianos – o cantor e guitarrista Dinho Almeida e o guitarrista Benke Ferraz – que sequer tinham tanto prestígio na cena local. Dois anos após a despretensiosa estreia, o Boogarins finalmente aparece em disco como banda de verdade, com boas contribuições do baixista, Raphael Vaz (vide a pulsação de “6000 Dias ou Mantra dos Vinte Anos”), e do baterista Ynaiã Benthroldo, oriundo da banda Macaco Bong (ele entrou para a formação quando parte do segundo álbum já havia sido registrada em Gijón, Espanha). Tropicalismo, Clube da Esquina, psicodelia – de Júpiter Maçã a Tame Impala – e tudo mais que Dinho e Benke absorveram via festivais goianos ao longo dos anos têm vez nas 11 faixas da jornada. O destaque absoluto é “Mario de Andrade Selvagem”, com uma segunda parte totalmente diferente da primeira. A angústia que Dinho traz na voz em quase todo o disco desaparece nesse momento de sublime ousadia.

Fonte: StereoMono