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Ludov

Redação Publicado em 10/07/2009, às 14h40 - Atualizado às 14h41

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Ludov, Album Caligrafia
Ludov, Album Caligrafia

Ludov

Caligrafia

Independente

Grupo acerta quando deixa de lado a pretensão, mas poderia ter dado uma caprichada na produção

O Ludov termina a primeira década deste século 21 mais despretensioso do que nunca – e isso não é necessariamente uma coisa ruim. Vanessa Krongold (vocal), Paulo Chapolin Rocha (bateria), Mauro Motoki (guitarra, teclado) e Habacuque Lima (baixo, guitarra) estavam há um certo tempo sem lançar nada novo, mas a pausa parece ter feito bem ao Ludov. Gravado e composto praticamente em um mês, Caligrafia soa natural, um registro de quatro amigos de longa data fazendo o que melhor sabem: canções de 3 ou 4 minutos de fácil assimilação. O resultado, porém, é um tanto irregular pelas diversas direções que o álbum toma. A banda deixa a desejar quando aposta nas tintas da MPB, como em “Não Me Poupe” e “O Seu Show É Só pra Mim”. Mas, quando resolve assumir sua veia pop natural, cativa. Isso acontece quando soa como as bandas gringas do rock dos anos 00 em “Luta Livre” e “Terrorismo Suicida” (quase um Maximo Park brasileiro) ou em “Sob a Neblina da Manhã”, uma balada tão simples quanto singela. No geral, Caligrafia não é ruim, mas fica claro que o que falta ao Ludov é um produtor que tome as rédeas do processo de gravação e dite os rumos do trabalho. Mesmo assim, a banda parece se sentir muito à vontade com a ideia de fazer música para se divertir. Às vezes é o que basta.

POR TIAGO AGOSTINI