Mundo Livre S.A. vs Nação Zumbi
Marcelo Ferla Publicado em 09/08/2013, às 11h14 - Atualizado às 11h16
Bandas pernambucanas trocam de repertório em álbum de “luta”
Mundo Livre S.A. vs Nação Zumbi efervesceram juntas no manguebeat. Assim, embora o formato que sustenta este disco proponha um duelo, o resultado é complementar. Executando canções um do outro, ambas reafirmam o ideário que ajudaram a escrever e mostram que desconstruir é a melhor maneira de sacralizar. As bandas deixaram suas marcas em releituras tão autorais que o conceito de recriação se impõe. Nas sete primeiras faixas, com músicas da Nação na versão do Mundo, o tom é a desconstrução de climas: “A Cidade” virou um spoken word movido a cavaquinho e “A Praieira” ganhou uma inédita delicadeza. Nos tambores de “Musa da Ilha Grande” ou nas guitarras rascantes em “Bolo de Ameixa”, fica evidente a sonoridade do Nação, com atmosferas espaciais e cruas, que concedem mais linearidade às músicas do Mundo Livre. Perfeito para tempos de revivalismo noventista.
Fonte: Deck
