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Psychosis

Cavalera Conspiracy

Pablo Miyazawa Publicado em 17/01/2018, às 02h42 - Atualizado às 10h47

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Cavalera Conspiracy - Psychosis - Reprodução
Cavalera Conspiracy - Psychosis - Reprodução

Há algo de familiar em Psychosis, quarto álbum do Cavalera Conspiracy em dez anos, que os fãs do Sepultura vão perceber rapidamente – talvez tão rápido quanto os riffs urgentes e as batidas na velocidade da luz dos irmãos de sangue/parceiros Max e Iggor. Trata-se de um projeto pessoal esporádico, mas a cada nova tentativa fica evidente a vontade da dupla de se embrenhar na nostalgia das primeiras experiências musicais, quando ser cru, veloz e brutal era só o que importava. Alguns momentos do disco homenageiam o passado distante, como “Judas Pariah”, cujo riff alude a “Troops of Doom”, o mais próximo de um hit que o Sepultura teve em sua primeira fase. Há também certa ênfase no groove inspirado pela fase consagrada de Chaos A.D. (1993), como a grotescamente batizada “Impalement Execution”. O peso imensurável não deixa dúvidas de que os Cavalera jamais querem cair no clichê de soarem mais leves com a idade. Aos 48, Max toca e urra como se precisasse provar algo, mas nem precisava tanto. Seria incrível se tamanha energia fosse aplicada a uma reunião da formação clássica do Sepultura, que ano após ano se mostra mais musicalmente viável – ainda que as diferenças pessoais a tornem impossível. Mas sonhar é de graça, e Psychosis mostra que motivos para isso nós ainda temos.

Fonte: Napalm Records