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Felicidade

Redação Publicado em 11/10/2007, às 19h03 - Atualizado em 12/10/2007, às 12h14

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Abuso sexual infantil, antidepressivos, subúrbio, psicoses, divórcio, vingança e assassinato. Misture tudo com uma forte dose de uísque e sarcasmo e você abriu o portal para o universo de Todd Solondz (ganhador do Prêmio do Júri em Sundance com Bem-Vindo à Casa de Bonecas, de 1995). Seus personagens problemáticos costumam despertar empatia imediata com o público, que facilmente se coloca na posição de uma dona-de-casa frustrada, de um artista depressivo ou um púbere obcecado pela idéia de gozar. Solondz, assim como Kevin Smith, é de Nova Jersey, e, assim como Woody Allen, é judeu. O que justifica algumas semelhanças com o senso de humor ácido dos primeiros. Dentre esses, o de Solondz é certamente o mais clorídrico. Felicidade (destaque da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 1998) conta a história de uma família norte-americana comum. Os avós estão se separando depois de 40 anos de casados, a irmã caçula é uma equivocada musicista com azar no amor, a do meio uma bem-sucedida escritora em crise de merecimento (e o objeto de desejo do personagem de Philip Seymour Hoffman) - enquanto a mais velha, a esposa de um psicanalista pedófilo pai de seus dois filhos. Os membros da família (centro dramático dos filmes de Solondz) em busca de suas pequenas pílulas de felicidade (seja o filho pequeno ao desejar a morte de todos ou o avô em busca de uma amante) constrangem, irritam, apaixonam e garantem a diversão e a síndrome do pânico.

Por Márcio Cruz

Drama

Lume

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2007