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Eu Eu Eu José Lewgoy

Claudio Kahns

CHRISTIAN PETERMANN Publicado em 08/11/2011, às 11h40 - Atualizado às 12h02

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Eu Eu Eu José Lewgoy
Eu Eu Eu José Lewgoy

Documentário resgata vida e obra do grande vilão do cinema brasileiro

No primeiro semestre deste ano, o cineasta Claudio Kahns lançou o documentário Mamonas pra Sempre, inspirada homenagem ao grupo Mamonas Assassinas. Agora, ele retorna com outro doc, Eu Eu Eu José Lewgoy, menos pop em estrutura e personagem, mas fascinante em vibração artística e com um imenso ganho – o de apresentar com farta ilustração a vida e obra de um importante ator de nossa cultura, hoje praticamente desconhecido entre os jovens. José Lewgoy (1920-2003), figura carismática e que adorava falar de si mesmo, um eterno vilão por causa da expressão carrancuda, atravessou a história de nosso cinema atuando em chanchadas da Atlântida, no Cinema Novo (como em Terra em Transe, de Glauber Rocha), passando pela pornochanchada, a Embrafilme e o cinema da retomada. Sem se esquecer de produções internacionais, como Fitzcarraldo, de Werner Herzog, que aqui presta um depoimento emocionado. Além do diretor alemão, relembram o amigo e colega nomes como, entre outros, Tônia Carrero, Millôr Fernandes, Anselmo Duarte, Sergio Augusto e Gilberto Braga (Lewgoy atuou, entre muitas novelas em 30 anos de TV Globo, na clássica Dancin’ Days). Talento de forte personalidade e fina formação cultural, ele é um exemplo de ator que experimentou de tudo e o fez com eterna paixão.