Redação Publicado em 08/09/2010, às 09h15 - Atualizado às 09h18
Wagner de Assis
Renato Prieto, Rosanne Mulholland, Werner Schünemann
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Os efeitos são bons, mas pouco se salva em fi lme inspirado em obra de Chico Xavier
Não espere muita coisa de Wagner de Assis. ele escreveu o roteiro de alguns filmes da Xuxa e dirigiu o pavoroso A Cartomante. Nosso Lar, seu projeto mais ambicioso, que vinha sendo batizado de “o Avatar Brasileiro”, é baseado em best-seller homônimo de Chico Xavier e recorre ao deslumbramento paliativo dos efeitos especiais, mas não escapa da estrutura truncada de uma narrativa rançosa. O filme conta a história do medico André Luiz, que, após sua morte, sente a dor e o sofrimento do purgatório até ser resgatado para uma cidade espiritual, onde aprende a trocar o individualismo materialista pela bondade e amor ao próximo. Com uma hierarquia burocrática vestida de branco etéreo, esse lar é tão gelado quanto a interpretação robótica dos atores e os movimentos enferrujados das câmeras. A forma rebuscada e o estilo rococó não conseguem encobrir a pobreza do roteiro e de sua dramaturgia engessada. Até a trilha sonora é didática e primária: não é o volume de som em maiores decibéis nos momentos dramáticos que vai transformar este filme pálido numa obra comovente.
Érico Fuks
