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A Autobiografia Neil Young

Neil Young

ALEXANDRE DUARTE Publicado em 14/11/2012, às 20h55 - Atualizado às 20h57

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Artista elabora memórias que fogem do lugar-comum

O canadense Neil Young tem três paixões: modelismo ferroviário, carros antigos e um som em alta definição. Em sua autobiografia, esses três pontos marcam suas ambições. Ao mesmo tempo, ele vive cercado por uma galeria de fantasmas – amigos que o acompanharam a vida inteira, mas que já se foram. Presente e passado passam de página a página, sem ordem cronológica, neste livro que o músico decidiu escrever durante um hiato criativo. Neil Young tinha parado de beber, fumar maconha e fazer música, e assim começou a escrever. Um tanto desconexo em alguns pontos, e revelador em outros, o cantor divaga sobre seus carros antigos, seus projetos pessoais, como o gigantesco Lincoln Continental movido a energia sustentável e o PureTune – um substituto de alto nível para o MP3, e também suas memórias afetivas dos tempos de Buffalo Springfield, CSN&Y e Crazy Horse. Ele relembra passagens dolorosas de amigos que morreram, como David Briggs, Ben Keith e Danny Whitten. Mas se mostra muito doce com os que estão vivos. Também revela um tanto sobre sua vida familiar, equilibrada e bem constituída, ao lado de seus três filhos (dois deles com sérios problemas de saúde) e de sua esposa, Pegi. Mesmo irregular nas suas escolhas, o livro tem bons momentos, principalmente quando o foco são as memórias de gravações e turnês que se tornaram clássicas em sua trajetória e no processo criativo do músico, mesmo passando por cima de desavenças ao lado de algumas de suas bandas. Sem revelar muito, Neil Young acaba se revelando bastante em sua prosa sincera e, que como sua música, é bem instintiva.

Fonte: Globo Livros