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Minha Vida de Stripper

Redação Publicado em 12/12/2008, às 15h04

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Imagem Minha Vida de Stripper

Diablo Cody

Nova Fronteira

Roteirista de Juno relembra os tempos em que se despia para se divertir

Com sua pinta de pin-up limpinha, atitude "indie de mercado" e pele cheia de tatuagens ruins, Diablo Cody quer provar que é uma mulher de personalidade. Seja no roteiro de Juno, sua obra mais famosa (que lhe rendeu um Oscar), seja em sua estréia em livro, a pseudobiografia Minha Vida de Stripper (lançada em 2005), a autora norte-americana faz questão de arreganhar seu talento natural para elaborar teorias e cavocar referências cool. Dá quase para enxergar a própria Juno vomitando as frases intermináveis e cheias de tiradas espertas que permeiam o relato (com direito a uma rápida menção ao famoso telefone em forma de hambúrguer, no filme, o acessório favorito da menina barriguda). A descrição da acidentada rotina da moça como tiradora de roupa profissional é crua (apesar de permeada de glamour e fina ironia), explícita (mas poderia ser bem mais) e coberta de gostos e cheiros nem sempre agradáveis (escatologia nem sempre é sexy, fica a dica). Apesar de revelar muito, fica a impressão de que Diablo não nos conta tudo. Pudor de se despir por completo diante dos leitores, talvez?

Pablo Miazawa