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Para Colorir

Redação Publicado em 09/02/2009, às 18h23

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Reprodução
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Ricardo Cury

Fictícia

Roqueiro conta “causos” engraçados da cena indie baiana

Você provavelmente nunca ouviu falar do músico baiano Ricardo Cury – afinal, ele não toca axé nem desfila em trio elétrico no Carnaval de Salvador. Porém, o sujeito é um dos nomes mais respeitados pela baianidade indie rock (sim, existem os indies baianos), já que tocou bateria no célebre brincando de deus – guitar band brasileira cultuadíssima nos anos 90’ – e, mais recentemente, em um grupo chamado ZecaCuryDamm. Pois Ricardo, paralelamente à sua carreira musical, resolveu lançar em fins de 2008 um livro que compila os textos publicados por ele em seu blog. Assim surgiu este Para Colorir, divertidíssimo e um autêntico “tratado sociológico” sobre os subterrâneos da cultura indie pop baiana e brasileira. Nas 320 páginas do tomo vão sendo contados “causos” saborosos – como aquele em que Cury, perambulando pelas redações dos grandes veículos da mídia impressa paulistana, em busca de divulgação para sua banda, é esnobado sem dó por jornalistas bestas metidos a modernos. Fora as referências pop/iconográficas que Ricardo imprime às páginas, ilustrando cada capítulo com dezenas de capinhas de discos raros de sua coleção pessoal. No fim, Para Colorir se mostra uma bela surpresa, sinalizando que músicos também podem se dar bem quando se aventuram nos tortuosos caminhos da escrita.

Humberto Finatti