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Ainda adoráveis e divertidos, os Muppets estão de volta

Com direção de James Bobin e roteiro de Nicholas Stoller e Jason Segel, Os Muppets estreia nos cinemas nacionais nesta sexta, 2

Patrícia Colombo Publicado em 02/12/2011, às 12h05 - Atualizado às 12h16

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<i>Os Muppets</i> estreia nesta sexta, 2 - Foto: Divulgação
<i>Os Muppets</i> estreia nesta sexta, 2 - Foto: Divulgação

Nesta sexta, 2, chega aos cinemas nacionais Os Muppets, novo longa-metragem da Disney, que comprou os direitos da obra do manipulador de fantoches Jim Henson em 2004. Com direção de James Bobin e com Jason Segel, Amy Adams, Chris Cooper, Dave Grohl, Rashida Jones, Zach Galifianakis, Jim Parsons, Neil Patrick Harris e outros no elenco, a produção integra a lista dos “filmes para a família” - neste caso, “filmes realmente legais para a família”.

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A história é a seguinte: Walter (um fantoche assim como os Muppets) é um grande fã da turma e teve sua infância marcada pelo programa, sonha em conhecer o elenco e talvez um dia fazer parte da “gangue”. Seu irmão Gary, vivido por Segel, marca uma viagem para Los Angeles visando celebrar os dez anos de namoro com Mary (Amy Adams) e decide levar Walter junto para conhecer o estúdio onde o programa era gravado, nos anos 70. Ao chegarem, deparam com a estrutura toda abandonada e descobrem o plano do vilão Tex Richman (Chris Cooper) de derrubar o teatro dos Muppets para perfurar e retirar o petróleo recém-descoberto lá. No longa, desde o fim do programa, cada um dos personagens seguiu sua vida (uns em melhores condições, outros nem tanto) e sequer são lembrados pelo grande público. Com a ameaça do milionário, Kermit (que, apesar do “esclarecimento” fraco sobre seu nome, será eternamente conhecido pelos brasileiros como Caco, o Sapo; veja aqui o vídeo), Miss Piggy, Gonzo, Animal e companhia reencontram-se para a elaboração de um programa beneficente a fim salvar o local e suas tão ricas memórias.

O longa-metragem não só estabelece conexões com o passado dos personagens e os tempos áureos – o que ajuda a apresentar a obra às novas gerações não tão familiarizadas com os adoráveis bonecos –, como relaciona o formato dos Muppets à cultura pop do momento (e as referências são muitas, de música à moda), seguindo a conhecida tradição do programa. Se na época do The Muppets Show, que estreou em 1976, celebridades davam as caras na atração e interagiam com os fantoches, no filme de Bobin não seria diferente. Jack Black e Dave Grohl (este último, aliás, assume o posto hilário de baterista em uma banda tributo de bar fuleiro, como uma versão de Animal) são dois de uma lista de participações que é estrelada, grande, divertida e que contribui para temperar ainda mais a produção.

Por respeitar a criação de Jim Henson, Os Muppets é bem-sucedido na difícil tarefa de ganhar a atenção tanto dos marmanjos, quanto das crianças. No roteiro, assinado por Nicholas Stoller e Jason Segel, a essência dos fantoches, de humor ingênuo, segue presente e não decepciona. Ainda que atualizado, trazendo referências de hoje, são os Muppets de Henson que estão no filme, relembrando os anos de glória – e mostrando que podem fazer rir à sua maneira e ganhar novos fãs. É justamente este o ponto: o longa aborda a questão de que o tempo pode até passar, mas a ternura peculiar destas criaturas sempre será capaz de garantir a diversão.