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Cultura Inglesa Festival: IZA e George Ezra provam que diversidade musical também une o público

Passando pelo soul, pop, funk e folk-rock, o evento teve a primeira apresentação do compositor britânico no Brasil

Igor Brunaldi Publicado em 11/06/2018, às 18h06 - Atualizado em 12/06/2018, às 11h43

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George Ezra no Cultura Inglesa Festival - Camila Picolo
George Ezra no Cultura Inglesa Festival - Camila Picolo

Aconteceu no último domingo, 10, a porção musical da edição de 2018 do Cultura Inglesa Festival. Apostando na diversidade de gêneros musicais, o evento preencheu o Memorial da América Latina com um público de todas as idades e mais que disposto a curtir um domingo de sol dançando ao som da cantora IZA e do britânico George Ezra.

Quem estreou o palco foi a banda Staff Only, formada por funcionários da Cultura Inglesa, que se apresentaram às 16h com uma deliciosa seleção de covers: “Valerie”, de Amy Winehouse, “Linger”, do Cranberries, “Uptown Funk”, do Bruno Mars, e “Human”, do Rag'n'Bone Man, ajudaram a aquecer os motores. Mantendo a pontualidade (britânica) dos horários marcados, a banda seguinte, Madame Groove, subiu ao palco com clássicos do soul e do funk como “Son of a Preacher Man”, da cantora Dusty Springfield, e “Super Duper Love”, da Joss Stone.

Quando IZA finalmente subiu ao palco, o sol já começava a descer, mas a temperatura e a animação da plateia se mantinham intactas. Acompanhada por dois casais de dançarinos, a cantora revelação do cenário nacional esbanjou simpatia e gratidão ao público por comparecer. Além de faixas de sucesso do disco de estreia, Dona de Mim (lançado este ano), como “Pesadão”, “Te Pegar” e “Saudade Daquilo”, a cantora também apresentou hits internacionais, como “Price Tag”, “Rehab” e “New Rules” (na qual chamou quatro fãs para subirem ao palco e cantar junto), das britânicas Jessie J, Amy Winehouse e Dua Lipa, respectivamente. Com a voz potente e um grave que fez todo o Memorial tremer, ela também incluiu na performance um interlúdio com coreografias ao som de divas do pop como Beyoncé e Gwen Stefani.

O público, composto por jovens, idosos e pais que erguiam os filhos nos ombros (e alguns que corriam atrás das crianças no meio da multidão), não demonstrava cansaço. Ao contrário, sobrou muita energia para o headliner. O britânico George Ezra subiu pela primeira vez a um palco brasileiro evocando um estrondo de gritos e assobios, acompanhados pelo chacoalhar de várias bexigas verde e amarelas.

A resposta da plateia ao repertório do show deixou clara a popularidade do jovem de 25 anos no Brasil. Desde a primeira música, “Cassy O'”, até a última, “Budapest”, os fãs não deixaram o clima arrefecer, cantando todas as letras e gritando de empolgação sempre que o músico anunciava o nome da faixa que começaria a tocar. A setlist transitou por por todos os momentos da carreira de Ezra, com faixas que abraçavam ritmos agitados até mais lentos. Entre elas, “Hold My Girl”, “Paradise”, “Barcelona” e a memorável “Song 6”, que criou um mar de luzes de celular para iluminar o sorriso genuíno que tomou conta do rosto do cantor.

Em certo momento, ele e o resto da banda chegaram a se despedir e sair do palco, mas voltaram logo em seguida, todos vestindo a camiseta da seleção brasileira de futebol, para tocar mais alguns sucessos para o público aparentemente insaciável. Ao final, Ezra pediu desculpas por demorar tanto para se apresentar em território nacional, garantindo que voltará em breve. “Já que esse é meu primeiro show aqui, significa que vai ser a primeira vez que vou tocar 'Budapest' no Brasil”, disse ele logo antes de começar a música que encerraria a apresentação e o evento.