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Em seu primeiro EP, Gente Bonita, Fióti explora sonoridades diferentes das do irmão Emicida

“Foi um mergulho orgânico e simples na MPB”, diz o músico à Rolling Stone Brasil

Gabriel Nunes Publicado em 05/06/2016, às 10h57

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Fióti. - Ênio Cesar
Fióti. - Ênio Cesar

Irmão mais novo e empresário do Emicida, Fióti estreia oficialmente como músico com o EP de seis faixas Gente Bonita. Lançado pelo selo dele, o Laboratório Fantasma, o primeiro trabalho do cantor e compositor se afasta do gênero musical que consagrou a gravadora paulistana e busca alcançar uma terceira margem sonora.

“Foi um mergulho orgânico e simples na MPB”, diz o músico. Com participações de gente como Thiago França, Juçara Marçal (ambos do Metá Metá), Anelis Assumpção e Rael, o EP mostra o quão tênue pode ser a linha que separa o rap da música popular brasileira. “É um disco que reflete bem o meu gosto musical e as minhas vivências, e é por isso que ele está bastante atrelado às raízes da música brasileira.”

Embora Gente Bonita tenha saído em maio de 2016, a ideia e a vontade de explorar uma sonoridade própria começou no ano passado, em uma época que ele define como “inquieta”. “Muita gente já vinha me falando que eu deveria gravar alguma coisa própria. Foi quando acabei me dando conta de que precisava externar o que sentia de uma maneira diferente.”

Fióti ainda diz que o incentivo do irmão foi necessário para que o projeto saísse do plano das ideias e se concretizasse. “O Leandro [Emicida] realmente acredita nas pessoas. Ele viu em mim uma coisa que eu mesmo era incapaz de ver”. Além do apoio motivacional, o autor de “Dedo na Ferida” assina ao lado do irmão caçula algumas das faixas do EP, entre elas a que dá nome ao trabalho. “Escrevemos ‘Gente Bonita’ quando eu ainda trabalhava no McDonald’s, isso lá em 2008. Por muito tempo insisti para o Leandro gravar, mas ele sempre dizia que eu é que ia gravar essa faixa em algum disco meu.”

Precoce, Fióti aprendeu a tocar violão sozinho e deu os primeiros passos da carreira dele – antes mesmo de sonhar com uma – quando estava no ensino fundamental, tocando corneta e trompete em fanfarras do colégio. Nessa mesma época, o músico também integrou o Projeto Guri, um programa de incentivo sociocultural que conta com cursos de iniciação musical para crianças e adolescentes. “A música sempre fez parte da minha vida. Ter participado do projeto teve uma importância sem tamanho para a minha formação artística. Ali eu entrei em contato com estilos diferentes, com os quais eu não era familiarizado, e isso foi muito bom para aperfeiçoar meu repertório.”

O artista ainda afirma que pretende dar continuidade ao EP e transformá-lo em um disco. “Quero começar a gravar ainda esse ano para que fique pronto até ano que vem”. Fióti também planeja uma turnê pequena para o segundo semestre, começando em agosto.