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Drogas não contribuíram para morte de Chris Cornell, diz relatório de autópsia

“Baseado nas circunstâncias e no que foi encontrado na autópsia, a causa da morte foi suicídio”, afirmou o médico legista

Rolling Stone EUA Publicado em 05/06/2017, às 21h02 - Atualizado às 21h30

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Chris Cornell e Matt Cameron, durante apresentação do Soundgarden - Chris Pizzello/AP
Chris Cornell e Matt Cameron, durante apresentação do Soundgarden - Chris Pizzello/AP

O Wayne County Medical Examiner, no estado norte-americano do Michigan, divulgou os resultados finais da autópsia e do exame toxicológico relacionados à morte de Chris Cornell na última sexta, 2, confirmando a causa como suicídio e que “as drogas não contribuíram para a causa da morte.”

“É minha opinião que a morte tenha sido causada por enforcamento”, escreveu Theodore Brown, médico legista do Condado de Wayne, no documento obtido pela Rolling Stone EUA. “Baseado nas circunstâncias acerca da morte e do que foi encontrado na autópsia, a causa da morte foi suicídio.”

O medico legista então reiterou as circunstâncias da morte de Cornell que foram registradas no relatório policial, lembrando que Cornell foi “encontrado parcialmente suspenso por uma faixa de fazer exercícios no quarto dele do hotel”. As feridas “foram todas coerentes com enforcamento.”

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Além disso, sete tipos diferentes de drogas foram encontradas no relatório pós-morte de Cornell, incluindo uma dose significativa do remédio para ansiedade Ativan. Entretanto, na opinião do médico legista, “estas drogas não contribuíram para a causa da morte.”

As drogas encontradas no sistema de Cornell foram “butalbital, lorazepam, pseudoefedrina e suas norpseudoefedrina metabólicas, cafeína e naloxona”. A cafeína veio do compromido de No-Doz que o cantor ingeriu antes da morte, enquanto a pseudoefedrina veio de um descongestionante.

Outra droga prescrita incluiu o sedativo Butalbital, o opiáceo Naxolona e quatro doses de Lorazepam, presentes no Ativan.

A família de Cornell anteriormente culpou o os raros efeitos colaterais do Ativan – que inclui pensamentos suicidas – por provocar a morte do cantor. Contudo, o médico legista notou que, ainda que o nível de 200 ng/mL de Ativan no sangue de Cornell seja maior do que a dosagem média, de 30-50 ng/mL, era ainda menor do que os 300 ng/mL, nível de pessoas cujas mortes são relacionadas à droga.

Após a divulgação da autópsia e do relatório toxicológico, a viúva de Cornell, Vicky, enviou um comunicado à Rolling Stone.

“Muitos de nós que conheceram bem o Chris percebemos que ele não estava sendo ele mesmo nas últimas horas e que algo estava ausente. Nós aprendemos com o relatório que diversas substâncias foram encontradas no sistema dele. Depois de muitos anos de sobriedade, este momento de julgamento terrível parece ter completamente prejudicando o estado de espírito dele”, escreveu ela.

“Algo claramente deu terrivelmente errado e minhas crianças e eu estamos despedaçados e estamos devastados que este momento nunca vai voltar. Nós apreciamos muito o amor que temos recebido durante este período extremamente difícil e estamos dedicados a ajudar outras pessoas a prever este tipo de tragédia.”