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Erasmo Carlos apresenta disco novo em São Paulo

Tremendão lança Amor é Isso, mas não deixa de relembrar hits antigos, como “Minha Fama de Mau”, “Eu Sou Terrível” e “Vem Quente Que Estou Fervendo”

Paulo Cavalcanti Publicado em 03/08/2018, às 15h45 - Atualizado às 17h58

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Erasmo Carlos durante show no Sesc Pompeia - Mari Carvalho/ Divulgação
Erasmo Carlos durante show no Sesc Pompeia - Mari Carvalho/ Divulgação

Erasmo Carlos iniciou na última quinta, 2, a turnê de Amor é Isso, o 31º álbum de estúdio da longeva carreira dele. O show aconteceu na Comedoria do Sesc Pompeia, em São Paulo. O artista começou a apresentação às 21h30 cantando justamente a composição que dá nome ao trabalho. “Muito obrigado por estarem aqui comigo nesta noite fria paulistana”, ele disse. “E, a partir de agora, vamos celebrar o amor, de todas as formas – o amor físico, o amor à natureza, aos animais e o amor universal."

Aos 77 anos, o cantor ainda faz jus a o seu apelido de “gigante gentil”. Ele segue benigno e até angelical, especialmente quando apresenta as canções do novo trabalho, calcado no som dos LPs cultuados que lançou nos anos 1970, período em que juntava folk, soul e groove. Mas a atuação dele também teve baladas e vários clássicos da Jovem Guarda, e é justamente neste momento em que surge o Erasmo roqueiro.

Ao longo da apresentação, ele apresentou vários hits de sua fase “adulta”, durante as décadas de 1970 e 1980, como “Sou uma Criança Não Entendo Nada”, “Filho Único”, “Mesmo Que Seja Eu” e “Sentado à Beira do Caminho”. Estas canções melhoraram com o tempo, adequando-se a um Erasmo cada vez mais maduro. No meio disto, o artista mostrou seu romantismo ao recordar a balada “Gatinha Manhosa”.

Ele se entusiasmou quando apresentava as faixas do novo trabalho. Homenageou Tim Maia, amigo dele desde a época da Tijuca, nos anos 1950, quando cantou “Novo Love (New Love”). A faixa foi gravada por Tim em inglês em 1973, mas Erasmo mostrou a música em português. O Tremendão deu à canção um agradável tom de bossa/soul. Em outro momento, falou: “Eu e a Marisa Monte já fizemos muitas coisas juntos. Este é o nosso novo rebento”. Então entoou a balada “Convite para Nascer de Novo”. O cantor também apresentou a música de trabalho “Não Existe Saudade no Cosmos”, parceria dele com de Teago Oliveira, do Maglore.

O fim foi dedicado ao rock, com a banda de Erasmo reinventando os clássicos que ele escreveu com Roberto Carlos décadas atrás com arranjos ferozes, que citavam hits de bandas antigas como The Monkees e The Kink: “Minha Fama de Mau”, “Eu Sou Terrível” e “Vem Quente Que Estou Fervendo” foram algumas das que brilharam.

Ele fez uma breve pausa e voltou para o bis, quando voltou com uma rosnante versão para “Quero que Vá Tudo Para O Inferno”, polêmico hit de Roberto Carlos. “O Emicida tem um discurso muito atual. Compus uma música com ele neste disco. Vamos ver como ele vai aparecer aqui pra gente nesta noite”, falou a seguir, apresentando “Termos e Condições”. A canção veio acompanhada de uma animação projetada ao fundo do palco. Enquanto o Erasmo estilizado interagia com coisas e pessoas, apareceu um Emicida em forma de desenho animado e a voz do rapper ressoando ao fundo.

Já eram quase 23h quando o Tremendão colocou todo mundo para dançar ao som de “Festa de Arromba”, o autocelebratório hit da época da Jovem Guarda. Com o pique lá em cima, Erasmo se despediu do público. O cantor retorna nesta sexta, 3, à Comedoria do Sesc Pompeia, iniciando a performance também às 21h30.