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“Eu nunca sei o que esperar”, diz guitarrista do Guns N’Roses sobre o show do Rock in Rio

Bumblefoot luta para se recuperar de um acidente de carro, mas considera o evento carioca especial

Paulo Terron, do Rio de Janeiro Publicado em 02/10/2011, às 13h46 - Atualizado às 14h38

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Bumblefoot - george-chin
Bumblefoot - george-chin

O Guns N’Roses é uma tradição do Rock in Rio: além de ter se apresentado em 1991 e 2001 no festival, também tocou na edição de Lisboa, em 2006. “É uma honra poder tocar”, diz o guitarrista Ron “Bumblefoot” Thal. “Eu estava falando com um fã ontem, e ele esteve [no festival] em 1991, 2001 e vai agora. É como procurar um membro da sua família e, ao encontrá-lo, ver que ele mudou e é uma pessoa diferente, mudada, com algo novo para descobrirmos sobre ele. É um show importante para nós.”

Para Thal, em especial, o show será um desafio: ele sofreu um acidente de carro e esta será a volta dele aos palcos. “Estou assustado pela primeira vez”, ele conta. “É a minha primeira apresentação com o grupo depois do acidente, que havia me deixado sem conseguir mover os braços e com o cérebro não funcionando direito – bom, nunca funcionou... Tive de fazer muita fisioterapia para conseguir tocar de novo, e é uma batalha constante para vencer a dor ou remediá-la.” Mesmo com todo o longo trabalho de recuperação, o músico ainda não tem certeza de que conseguirá retomar seu ritmo normal. “Não sei se aguentarei o show, a turnê ou a vida em geral. Sempre me senti forte no palco – este show vai me provar se consigo voltar ou se a minha vida como a conhecia acabou. Se assim for, para onde vamos agora?”, conclui, citando a música “Sweet Child O’Mine”.

Sobre a performance da banda, o mistério continua. Enquanto a produção do evento luta para descobrir onde Axl Rose está (até às 13h deste sábado, 2, ele ainda não estava no hotel da banda, em São Conrado) e se ele subirá ao palco, o músico se mostra tranquilo. “Você nunca sabe o que esperar do Guns. Eu nunca sei o que esperar do Guns”, brinca. “Sei o que esperar plateia, entretanto: muito amor e paixão.”

“Só tenho um pequeno pedido”, diz Thal. “Se você atirar roupas íntimas femininas no palco, por favor as joguem no Tommy [Stinson, o baixista]. Se você jogar a chave do seu quarto de hotel, não se esqueça de incluir o nome do hotel e o número do quarto.” Mesmo com tantas décadas de estrada, o Guns N’Roses ainda parece ser “a banda mais perigosa do mundo” – para os pais de fãs e promotores de eventos.