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Glastonbury 2013: Rolling Stones ajudam a garantir o sucesso do retorno do festival

No primeiro show da carreira no evento, banda fez apresentação histórica

Mark Sutherland Publicado em 01/07/2013, às 15h28 - Atualizado às 19h17

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Rolling Stones - AP
Rolling Stones - AP

O fato do Glastonbury Festival 2013 ter terminado com uma versão de "With a Little Help From My Friends" interpretada por várias atrações presentes foi bastante apropriado à edição do evento (assista abaixo).

Exclusivo: Mick Jagger e Keith Richards contam como fizeram as pazes para comemorar os 50 anos de Rolling Stones.

Como sempre, o festival teve uma abundância de astros poderosos individualmente. Mas foram os momentos de união, quando as bandas e a plateia se juntavam – por exemplo, essa grande ocasião de “cantar junto” em que Vampire Weekend, Vaccines, Staves e First Aid Kit se reuniram ao Mumford & Sons para fechar o festival com o clássico dos Beatles – que fez desse retorno do Glastonbury, depois de um ano de “férias”, algo tão memorável.

Foi em cima desses “momentos Glasto” mágicos que o festival construiu sua reputação. O poder de atração do evento é tão grande atualmente que conseguiu levar até os Rolling Stones para sua órbita – enquanto gente do nível de Liam Gallagher (abrindo o festival com o Beady Eye às 11h, um horário não-tão-rock-and-roll) e Thom Yorke (que participou como DJ e tinha na sua pista o Príncipe Harry) não precisou de muita insistência para fazer surpresas especiais.

Rolling Stones 50 anos: uma carreira em fotos.

Como os headliners de sábado, Rolling Stones, não trabalham com indiferença, foi estipulado um intervalo de duas horas para criar expectativas entre o fim do show do Primal Scream e o começo dos Stones – só para caso ainda não estivesse claro quem era a atração principal.

Se uma banda que está comemorando 50 anos ainda pode dizer que ainda tem algum desafio a ser cumprido, este era ele, certamente. O organizador do Glastonbury Michael Eavis tem tentado colocar os Stones de headliners há anos (apesar da piadinha feita por Mick Jagger de que “eles finalmente nos convidaram”), mas eles certamente foram deixados de fora durante o período altamente politizado do festival, nos anos 80, e tratados como algo nostálgico durante o domínio do britpop e da dance music nos anos 90. Agora, com o Glastonbury muito bem estabelecido como um destino de grandes astros como Paul McCartney e Beyoncé, chamar os Stones tem sentido. E com um público gigante espremido no palco Pyramid – alguns, fãs comprometidos da banda; outros apenas gente curiosa, a maior parte jovem demais para se lembrar de quando Mick Taylor (que fez uma de suas aparições agora já costumeiras em três músicas) estava no grupo – pelo menos uma vez na vida os Stones tiveram que conquistar as pessoas.

E eles cumpriram essa meta do jeito difícil, usando quase nenhum artificio: exceto por Taylor, não chamaram nenhum convidado especial, apesar de ter havido muita especulação durante todo o fim de semana. E, tirando a fênix mecânica do palco Pyramid, quase não apareceram os efeitos especiais que são uma marca registrada dos shows grandes dos Stones.

Rolling Stones em dez videoclipes.

Em vez disso, tinha música: uma alusão à história psicodélica do festival com "2000 Light Years From Home", mais uma versão especial reescrita de "Factory Girl", rebatizada de "Glastonbury Girl" e com uma letra sobre barracas de luxo e o Primal Scream. E se as longas jams em "Midnight Rambler" e "Can't You Hear Me Knocking" desafiaram a capacidade de prestar atenção da porção jovem do público, o final dramático e cheio de hits certamente foi suficiente para garantir que o convite que Jagger fez aos marinheiros de primeira viagem ("Se essa é a primeira vez que você vê a banda, por favor, venha mais vezes") seja amplamente aceito.

Veja trechos dos shows dos Stones e do Mumford & Sons: