Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Guitarrista do Strokes reencontra a criatividade com o EP AHJ; ouça aqui

“Eu estou quase convencido de que lançar algumas músicas a cada dois meses pode ser melhor do que lançar tudo de uma vez, a cada um ou dois anos”, diz Albert Hammond Jr.

Patrick Doyle Publicado em 06/10/2013, às 11h31

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Albert Hammond Jr. - AP / Fredrik Sandberg
Albert Hammond Jr. - AP / Fredrik Sandberg

Albert Hammond Jr. estava um pouco atordoado depois de deixar a clínica de reabilitação, em 2009, onde se internou para se recuperar do vício em cocaína e heroína. “Por um ano ou dois, criar era um processo muito demorado. Eu estava confuso”, diz ele à Rolling Stone EUA. Mas depois que o Strokes se juntou e lançou o dançante disco Comedown Machine (2013), ele se sentiu à vontade para gravar o primeiro álbum solo desde ¿Cómo Te Llama? (2008). “Estar sóbrio ajuda”, conta Hammond. “Estranhamente, você fica mais criativo. Eu me sinto bem comigo mesmo. Sinto-me confortável em sentar e cantar melodias embaraçosas. Não vejo problema em passar por este processo.”

Arquivo RS: em 2003, o Strokes enfrentava o tabu do segundo disco e lutava para ganhar respeito da crítica. Enquanto isso, o vocalista Julian Casablancas fazia todo o esforço do mundo para não ser compreendido

Em 8 de outubro, Hammond irá lançar o EP AHJ, com cinco músicas, pelo selo Cult Records, do companheiro Julian Casablancas, vocalista do Strokes. Gus Oberg produziu as faixas, gravadas pelo artista nos estúdios dele em Manhattan e Nova York, com a companhia de Casablancas, uma presença regular.

Hammond soa verdadeiramente recarregado com um som que parece se adequar perfeitamente ao gosto dos fãs dos trabalhos mais antigos do Strokes, com riffs futuristas em “St. Justice”, um groove maníaco em “Rude Customer” e o hino “Cooker Ship”. “Julian ficava falando: ‘[Cante] mais alto’”, conta ele, sobre “Rude Customer”. “E soou muito melhor. Eu não acreditava. Quando eu canto ao vivo, eu chego no meu limite com a minha voz. Ele dizia: ‘Pratique bastante’.”

Hammond escolheu lançar um EP porque queria que apenas as melhores músicas vissem a luz do dia, mas ele espera conseguir lançar outro compacto rapidamente. “Estranhamente, aí eu terei um disco”, diz ele. “Eu já estou trabalhando em várias coisas. Da forma como a imprensa trabalha, é 'as pessoas não gostam de resenhar ou falar sobre EPs' ou 'por que você não espera para lançar um disco?' Mas, para alguém que está criando, ou para o público, é uma forma mais rápida de lançar e receber o material”, acredita. “Eu estou quase convencido de que lançar algumas músicas a cada dois meses pode ser melhor do que lançar tudo de uma vez, a cada um ou dois anos.”

Hammond começa uma turnê solo pelos Estados Unidos no dia 3 de novembro, em Washington D.C., e ainda está escolhendo a banda que o acompanhará. “Parece que o universo fez de tudo para que eu tenha essa responsabilidade: ‘Se você quer algo, vá lá e faça. Pare de tentar se esconder atrás das coisas. Apenas faça e aceite o lado bom e o lado ruim’. Eu estou animado para isso. Estou pronto.”

Ouça o EP AHJ: