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“Infelizmente, não sou homossexual”, diz Morrissey após polêmica sobre sua sexualidade

Ex-vocalista do The Smiths lançou o aguardado livro Autobiography: “Tecnicamente falando, eu me sinto atraído por humanos”, completou

Rolling Stone EUA Publicado em 21/10/2013, às 09h31 - Atualizado às 20h59

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<b>2002</b>
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Frase tirada do documentário <i> The Importance of Being Morrissey </i>: “Traga-me a cabeça de Elton John... é um exemplo de carne que não seria considerada assassinato se for servida em um prato”.  - AP
<b>2002</b> <br> Frase tirada do documentário <i> The Importance of Being Morrissey </i>: “Traga-me a cabeça de Elton John... é um exemplo de carne que não seria considerada assassinato se for servida em um prato”. - AP

Morrissey se sentiu obrigado a ajustar os pensamentos de todos sobre a sexualidade dele depois de falar abertamente sobre o relacionamento com um homem na autobiografia dele. “Infelizmente, eu não sou homossexual. Tecnicamente falando, eu sou um humansexual [termo que pode ser interpretado como alguém que sente atração por seres humanos, não se importando com gêneros]”, escreveu ele, no sábado, 19, em nota publicada no site True To You. “Eu me sinto atraído por humanos”, completou. “Mas, é claro, não muitos.”

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Em seu aguardado livro de memórias, Autobiography, lançado pela editora Penguin Classics na semana passada, o antigo vocalista do Smiths revelou já ter passado dos 30 anos de idade quando teve um primeiro relacionamento sério. O cantor, conhecido por sua reticência em relação a falar sobre a vida pessoal e certa vez dito celibato, escreveu, de acordo com o The Guardian, que quando ele conheceu Jake Owen Walters “pela primeira vez na minha vida eterna ‘eu’ virou ‘nós’, porque finalmente estava me entendendo com alguém”.

“Eu e Jake não precisávamos de companhia a não ser nós mesmos para o turbilhão que estava por vir”, escreveu Morrissey. “Indulgentemente, nós tentamos ir o quão longe conseguíamos ir até ‘as discussões de relacionamento’ nos levasse a gritos de uma luta intolerável, mas nossa proximidade transcende estas provações”.

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Morrissey também fala sobre a indiferença sentida por ele diante das garotas na adolescência. “As garotas ainda permanecem misteriosamente atraídas por mim”, escreveu ele (novamente, de acordo com o The Guardian). “E eu não tenho ideia do motivo, já que por mais que eu tentasse, nada de fato acontecia e eu fui embora milhões de vezes sem me importar... Era muito mais excitante ver a coleção de motos de corrida que meu pai trazia para casa”.

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Em uma entrevista à Rolling Stone EUA, de 1986, Morrissey explicou que a ambiguidade dos gêneros nas letras dos Smiths eram intencionais. “Era muito importante para mim tentar escrever para todo mundo”, disse ele. “Acho que quando as pessoas e as coisas são inteiramente reveladas, de uma forma óbvia, isso congela a imaginação do observador. Com The Smiths, nada era simples assim.”