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J-Lo mostra rebolado e coleção de hits em show no Anhembi

Cantora foi o ponto alto do Pop Music Festival, em São Paulo, e provou porque foi eleita pela revista Forbes a celebridade mais poderosa do mundo

Lucas Reginato Publicado em 24/06/2012, às 05h53 - Atualizado às 06h56

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Jennifer Lopez no Pop Music Festival - Divulgação
Jennifer Lopez no Pop Music Festival - Divulgação

Jennifer Lopez foi eleita em lista recente da revista Forbes a celebridade mais poderosa do mundo - e no Brasil, ela mostrou alguns dos motivos que a levaram a receber esse título. Em cima no palco, no Pop Music Festival, em São Paulo, a cantora de 42 anos mostrou um fôlego invejável e o talento que a levou a manter tão longeva carreira.

Com 20 minutos de atraso, o início do show foi recebido com entusiasmo pela plateia de quase 15 mil pessoas. Após Michel Teló, Cobra Starship e Kelly Clarkson, a pista ficou lotada de gente de todo o tipo que viu um início de conto de fadas com a introdução em vídeo da música “Never Gonna Give Up”, de Brave (2007). Oito dançarinos e duas dançarinas entraram no palco vestidos de preto e com cartolas, e aqueceram o ambiente para que J-Lo, com roupa prata brilhante justíssima, avançasse em direção ao público cantando os versos de “Get Right”, sucesso de 2005 que mostrou o que a noite reservava: uma estrela empenhada, uma cantora razoável (que, como é comum, usa o playback nos números mais intensos de dança) e uma dançarina hipnotizadora, com um corpo impecável.

Durante as primeiras músicas, alguns pequenos problemas de som interferiram na apresentação, principalmente no microfone headset que a aparelhou durante as quatro primeiras canções – além de “Get Right”, foram tocadas no início “Love Don’t Cost a Thing”, de 2001, “I’m Into You”, de seu último álbum, Love? (2011), e “Waiting for Tonight”, de 1997. A primeira rodada de músicas mostrou que o set list foi preparado de modo a viajar pelos sete discos da cantora, que rebolou até não poder mais e saudou os fãs que se espremiam nas grades tanto da pista como da área VIP, tendo um inclusive jogado um presente que foi recebido com um agradecimento e um sorriso. “Não há lugar como o Brasil”, disse, antes de sair do palco para trocar de roupa.

Enquanto esteve fora de cena, foi exibido o vídeo de “Louboutins”, ao mesmo tempo em que no palco era erguido um ringue no qual dois dos dançarinos duelaram, com direito a narração e “câmera lenta”. Vestida de boxeadora, J-Lo voltou ao palco, desta vez com um microfone na mão, para cantar “Goin’ In”. Entre uma canção e outra, ela novamente conversou com o público e surpreendeu quando arriscou alguns passos de samba, atendendo a pedidos. A roupa – uma calça branca larga e um top da mesma cor – permitiu passos de dança mais confortáveis, ao passo em que o show se aproximou da black music. “Vamos ao Bronx?”, ela convidou, em referência ao bairro negro de Nova York onde nasceu. O palco então se transformou no gueto – a cantora sentou até sobre uma caixa de feira enquanto cantava canções como “I’m Real”, “All I Have”, “Feelin’ So Good”, “Ain’t It Funny” e “Jenny From The Block”, um de seus maiores hits.

Até então, ela fazia em São Paulo um show idêntico ao que fez uma semana antes em Santiago, no Chile. Mas o horário mais apertado devido ao grande número de atrações fez com que “Qué Hiciste” e “Until It Beats no More” fossem tiradas do set list (e não fizeram nenhuma falta).

Novamente o cenário foi alterado enquanto um vídeo, o de “Baby Love You”, deu o tempo para que J-Lo se trocasse e voltasse vestindo um pequeno vestido azul para cantar “Do It Well”. Embora o público começasse a dar sinais de dispersão, a cantora continuou sorridente, brincando de posar para as dezenas de máquinas que surgiam da plateia. Nenhum esforço foi poupado para que fosse mantida a áurea eufórica da apresentação e todos seus atributos – artísticos e principalmente físicos – foram exibidos com êxito nas faixas “Whatever You Wanna Do” e “Hold It Don’t Drop It”, que precederam nova saída de palco, desta vez deixando espaço para que a banda mostrasse a qualidade que durante toda a noite ficou escondida sob as batidas eletrônicas. As duas backing vocals apresentaram cada um dos integrantes e juntos ainda tocaram “All of The Lights”, do Kanye West.

Quando voltou, J-Lo tocou timidamente um atabaque, chamando os dançarinos para um clima de cabaré que contagiou o público. Cadeiras e plumas cor-de-rosa entraram em cena, e foi em “Let´s Get Loud” que a cantora finalmente mostrou sua voz em um traje mais discreto, que logo foi trocado, em cima do palco, por mais uma roupa provocante – desta vez um corpete preto que a acompanhou nos hits “Papi” e “On the Floor”. Antes de cantar esta última, no entanto, ela entoou os versos da versão em português “Chorando Se Foi”, hit dos tempos de lambada com o grupo Kaoma. O sucesso, que ela usou como base para uma música em parceria com o rapper Pitbull, foi o auge da apresentação, com muitas luzes e fogos de artifício.

Mas dificilmente o show iria acabar sem que a estrela cantasse “Dance Again”, sua atual música de trabalho. Mesmo que público não tenha sido muito enfático ao pedir uma última música, o hit atual foi bem recebido, e os fãs provaram estar sintonizados com as novidades da cantora. J-Lo descobriu que é muito querida no Brasil, onde ainda vai fazer shows no Rio de Janeiro, em Fortaleza e em Recife – enquanto os brasileiros comprovaram que o posto de celebridade mais poderosa do mundo é de fato merecido.

Clique nos links abaixo para saber como foram os outros shows do Pop Music Festival.