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Joss Stone mergulha em reggae e world music com novo disco Water To Your Soul

Cantora inglesa de 28 anos lança em julho o sétimo álbum da carreira

Lucas Borges Publicado em 05/07/2015, às 10h01

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Cantora inglesa durante show em 11 de março de 2015, em São Paulo - Rafael Koch Rossi
Cantora inglesa durante show em 11 de março de 2015, em São Paulo - Rafael Koch Rossi

O sonho da prodigiosa cantora britânica Joss Stone de abraçar o mundo todo tocando em cada uma das mais de 190 nações existentes se reflete no álbum Water To Your Soul, que será lançado em 17 de julho. Com uma carreira que começou ainda na adolescência, Joss fez sucesso nos seis discos que gravou - sempre empregando a poderosa voz em baladas de soul e R&B. Em Water To Your Soul, ela não abandona os ritmos, mas dá muito mais atenção ao reggae e a variadas referências internacionais.

Joss Stone se destacou em 2014, em São Paulo, no Best of Blues.

“Gosto de pensar nele como um disco de muitos sons diferentes misturados. A espinha dorsal é hip-hop, r&b e reggae. Há outras influências, como de música irlandesa, a batida brasileira, música gospel norte-americana, flauta indiana, flamenco espanhol, muitos sons diferentes. Tentei misturar todos”, diz a artista à Rolling Stone Brasil.

Joss Stone satisfaz saudosos e emplaca reggae e soul paz e amor em São Paulo.

O resultado já foi aprovado pelo povo brasileiro presente nas últimas apresentações dela por aqui, em março deste ano, nas quais “Wake Up” ,“Love Me”, “The Answer” (que tem inspiração brasileira, segunda a própria Joss Stone) e “Mollytown”, todas canções do novo álbum, foram tocadas.

Ouça a abrasileirada "The Answer":

A influência do reggae, conta ela, que já havia flertado com material parecido durante a experiência ao lado do SuperHeavy, megagrupo também composto por Mick Jagger, Dave Stewart, A. R. Rahman e Damian Marley, é bem mais antiga e remete a boas lembranças.

Ouça "Stuck On You ":

“Meu pai costumava tocar Linton Kwesi Johnson (clássico cantor de reggae britânico que tem versos usados na faixa “Harry’s Symphony”) quando eu era bem jovem. Eu lembro que roubei dois discos da coleção dele. Um era do Linton Kwesi Johnson e outro era do James Brown. Em questão de vozes masculinas, eu fui criada com isso, esse reggae poético e o funk gritante. Meu pai também gostava do Specials, que é ska. Acho que todo mundo gosta de reggae, não é? É aquele tipo de música que te faz se sentir feliz”.

A inglesa não quer ser rotulada em um gênero só e formula novas ideias na cabeça. Uma dessas ideias vem da América do Sul. “Quando eu fui ao Uruguai, conheci o candombe, não tinha ideia de que isso existia”, diz sobre o ritmo africano nascido ao Sul do Brasil. “E ele não existe em nenhum outro lugar além do Uruguai. Gostei disso, é bacana e o faz mais especial. Espero que um dia eu possa curtir esse ritmo na minha música também”.

“Eu mencionei o candombe em um show no Uruguai e todo mundo na plateia começou a fazer o ritmo com as mãos. Nós na Inglaterra não somos capazes de tocar nenhum ritmo, nenhum! Não tem nenhum ritmo, nenhum som particular que a gente conheça. Para mim, isso é uma coisa única e bonita”, diz a encantada artista.

O resultado desse futuro trabalho, infelizmente, não deve ser ouvido tão cedo pelo público brasileiro, já acostumado a frequentes visitas de Joss. “Ah, meu Deus, eu gostaria de voltar para o Brasil amanhã! Mas tenho o resto do mundo para ir, estou tentando fazer um show em casa país do mundo e já estive no Brasil várias vezes, acho que umas cinco vezes. Preciso esperar até me apresentar no mundo inteiro. Talvez em 2017 ou em 2016, quem sabe?”