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Joss Stone satisfaz saudosos e emplaca reggae e soul paz e amor em São Paulo

Cantora britânica deixou o romantismo de lado e investiu em sons africanos durante apresentação realizada no Citibank Hall na última quarta, 11

LUCAS BORGES Publicado em 12/03/2015, às 01h49 - Atualizado às 11h46

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Cantora inglesa durante show em 11 de março de 2015, em São Paulo - Rafael Koch Rossi
Cantora inglesa durante show em 11 de março de 2015, em São Paulo - Rafael Koch Rossi

Joss Stone usou o carisma, a simpatia e o vozeirão para levar em banho-maria um público que insistiu em ouvir hits românticos da cantora - e que acabou se contentando com muito groove na noite desta quarta-feira, 11, no Citibank Hall, em São Paulo.

Joss Stone se destacou em 2014, em São Paulo, no Best of Blues.

Reluzindo 27 anos de descontraída beleza, em um vistoso vestido prateado, a inglesa, prestes a lançar Water To Your Soul, o sétimo álbum da carreira, chegou logo avisando que traria novidades. Começou com duas das antigas, “You Had Me” e “Super Duper Love (Are You Diggin' on Me?)”, foi recepcionada com bexigas, tremulou uma bandeira do Brasil e comemorou a hospitalidade com pulinhos.

Parecia pronta para emplacar o trabalho novo, mas os saudosistas apaixonados queriam mais. “Mollytown”, o primeiro de inúmeros bons reggaes da apresentação, provavelmente antecipados de Water To Your Soul, foi executado e logo em seguida ouviu-se pedidos por “The Love We Had”, de The Soul Sessions Vol.2 (2012).

Joss deu uma palhinha e partiu para outro reggae ainda não lançado, “Wake Up”. Voltou no tempo com “Could Have Been You”, de Colour Me Free (2009), e quando os fãs perceberam, já estavam novamente “na Jamaica” com “Love Me”, mais uma faixa recém-saída do forno. Disposta a não olhar para trás, a artista passava brevemente pelos sons melosos ou dava uma roupagem diferente a eles, como aconteceu com “Jet Lag”. “Vocês me fazem lembrar de coisas que eu já tinha esquecido”, brincou ela em determinado momento.

O pequeno desentrosamento não abalou o clima de paz e amor com os espectadores. Rosas e ursinhos eram jogados a todo instante no palco e a estrela correspondia com alegria adolescente.

“The Answer”, música nova com influências brasileiras, veio antes de Joss, que já havia estado em São Paulo em maio de 2014 com a Joss Stone Total World Tour, fazer uma média: “A regra da turnê é tocar uma vez por país, mas gosto tanto de estar no Brasil que voltei.”

“Karma” e o clássico “I Put A Spell On You” (consagrado na voz de Nina Simone na década de 1960) levantaram gregos e troianos e mostraram a virtuosidade da banda da diva britânica, com o baixo e guitarra funkeados e um recorrente órgão Hammond, apoiados por sax, trompete, duas backing vocals e bateria.

“Fell In Love With a Boy”, sucesso do White Stripes regravado no primeiro disco dela, The Soul Sessions (2003), teria sido uma despedida digna, mas Joss retornou para soltar a garganta no bis com “Right To Be Wrong” (com direito a isqueiros e telefones celulares para cima) e “So Kind of Wonderful”, versão consagrada pelo Grand Funk Railroad que ela cantou enquanto distribuía girassóis meigamente para a plateia.

Ela se apresenta nesta sexta-feira, 13, em Brasília, e no domingo, 15, no Recife. A turnê, que tem como objetivo visitar destinos menos usuais para a elite da música internacional, passará por Uruguai, Bolívia e Paraguai até o final do mês.

Joss Stone em Brasília

Dia 13 de março, sexta-feira, às 21h30

Net Live - SHTN, Trecho 2, Quadra 5, Bloco A - Asa Norte

Ingressos: de R$ 130 a R$ 250 (há opção de meia-entrada)

Compra: na central de ingressos do Brasília Shopping e no site Ingresso Rápido

Joss Stone no Recife

Dia 15 de março, domingo, às 20h

Chevrolet Hall - Avenida Agamenon Magalhães, s/n, Salgadinho.

Ingressos: de R$ 180 a R$ 350 (há opção de meia-entrada)

Compra: na bilheteria da casa e no site Ingresso Rápido.