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Lollapalooza 2018: Rincon Sapiência celebra melhor momento da carreira no festival

Marinheiro de primeira viagem (ele nunca esteve em um Lolla), Rincon também está ansioso para ver de Anderson .Paak a Red Hot Chili Peppers

Vinicius Felix Publicado em 21/03/2018, às 20h11 - Atualizado às 20h20

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Rincon Sapiência durante performance no Coala Festival 2017, em São Paulo - Welsey Allen/IHateFlash/Divulgação
Rincon Sapiência durante performance no Coala Festival 2017, em São Paulo - Welsey Allen/IHateFlash/Divulgação

Rincon Sapiência nunca foi ao Lollapalooza. Nem como artista, nem como espectador. Quando o festival teve sua primeira edição no Brasil em 2012, o rapper tinha outras preocupações além de perder o show de uma de suas bandas internacionais favoritas, o Arctic Monkeys. Naquele ano, o foco de Rincon era reconstruir a carreira no cenário independente após um ano praticamente parado, “guardado na geladeira” de uma gravadora. Recuperar o tempo perdido deu trabalho, mas valeu a pena. Seis anos depois, ele é uma das atrações nacionais no principal palco do festival na sexta, 23, e chega em clima de celebração do melhor momento de sua trajetória.

“Vai ser um show bem especial no Lolla. Vamos com banda completa, têm surpresas, convidados e números especiais, que a presença da banda possibilita”, comenta Rincon, que se preparou nos últimos dias para adaptar a apresentação que costuma fazer para que ela coubesse nos 50 minutos disponíveis no festival. “Temos disco Galanga Livre, com 13 faixas, fora outras músicas que são fortes no show e que não fazem parte do disco. Só com isso dá mais de uma hora, então vamos enxugar. Mas é tempo suficiente para mostrar algo bem impactante, bem legal”.

Rincon sobe ao palco Budweiser do festival com o amadurecimento de quase um ano de trabalho mais intenso que o habitual. Desde que retomou a vida independente, ele produziu muita música, conheceu dois países africanos, a Mauritânia e o Senegal, e soltou um EP, mas a vida profissional só deu um salto com o lançamento do single “Ponta de Lança”, em dezembro de 2016, e de Galanga Livre, em maio do ano passado. O primeiro álbum solo, feito em casa e praticamente sozinho (com apoio de William Magalhães na pós-produção), não poderia ter sido mais bem-sucedido. Levou o prêmio de Disco do Ano de 2017 da Rolling Stone Brasil e liderou a #listadaslistas, um compilado de 122 listas de Melhores Álbuns Nacionais de 2017. Foi mais do que suficiente para tirar o rapper de casa para uma maratona de compromissos. “Minha vida mudou muito. Subir a vários palcos e ensaiar bastante contribui para o nosso amadurecimento na música, tem sido bom. Não tenho tido tempo de criação como eu gostaria, porém tenho curtido o que está me acontecendo: shows, a pista, a banda. É a música, que é o que a gente mais gosta de fazer.”

Talvez o tempo para ficar em estúdio seja menor, mas não faltam trabalhos dele na praça. Foram tantos singles (“Autêntico X Excêntrico X Incomparável”, “Afro Rep”, “Área de Conforto”), colaborações (Drik Barbosa, Sidney Magal, Alice Caymmi, Thaíde, Rubel) e participações em cyphers nos últimos meses que Rincon parece onipresente. O próximo lançamento é com Iza na faixa “Ginga”, novo single da cantora. E vem mais por aí, embora ele faça segredo: “Este ano eu espero fazer muita coisa e participar de muitos projetos, principalmente colaborações. Por enquanto tudo segredinho, mas eu posso tadiantar que são aquelas parcerias improváveis e muito boas, estou bem animado com isso.” Só não espere por um álbum novo, esse deve demorar mais. “Eu me vejo na responsabilidade de fazer um segundo disco tão relevante quanto o Galanga, então eu preciso ter toda a calma, estrutura, cautela e estudo para fazer outro disco.”

Talvez o próprio Lollapalooza seja um momento de reflexão e relaxamento após tanto trabalho. “Quero muito ver o show do Anderson .Paak, o do Mano Brown e o do Chance The Rapper. E também o Red Hot Chili Peppers, pelo valor histórico. É uma banda que fazia muito sucesso quando eu montei meu primeiro grupo, na adolescência, e inspirou muitas bandas de garagem, como era a minha. Vai ser interessante poder acompanhar de perto e ouvir “Californication”, por exemplo, e outras faixas da época da minha adolescência.”