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“Não somos uma banda montada para o programa”, diz guitarrista do Scalene sobre Superstar

Quarteto brasiliense é um dos quatro finalistas do reality show da Globo, que vai ao ar neste domingo, 12

Lucas Brêda Publicado em 11/07/2015, às 12h01

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A banda brasiliense Scalene durante apresentação no festival Rock Works - Luringa/Divulgação
A banda brasiliense Scalene durante apresentação no festival Rock Works - Luringa/Divulgação

Após uma longa escalada – repleta de momentos de consagração – no programa Superstar, da TV Globo, a banda brasiliense Scalene chegou à final do reality show, sendo um dos quatro artistas a disputar o prêmio neste domingo, 12. O quarteto, entretanto, encara a possibilidade de conquista com naturalidade, apoiando-se na experiência e tempo de estrada no universo independente.

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“Na verdade, quando você entra em um programa, não sabe nem o que esperar”, comenta o vocalista do grupo, Gustavo Bertoni (foto abaixo), nos camarins do festival Rock Works, que aconteceu na última terça, 7, em São Paulo. “Não sabíamos como nossas músicas iriam repercutir, as regras de votação mudam, então é uma montanha-russa. Tomara que muita gente vote [no Scalene na final].”

No festival – no qual também se apresentaram Boogarins, Far From Alaska e Emicida –, o Scalene já mostrou reflexos da alta exposição que vem recebendo com a participação no programa televisivo. Eles tocaram para uma fatia fanática do público, que os acompanhou cantando junto trechos de canções mais famosas, pulando e batendo palmas com o grupo.

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“Muita gente vê porque está em exposição e tal, mas eu sei que tem muita gente se conectando mesmo com a nossa mensagem, com a nossa verdade”, acredita Gustavo. “A conexão genuína com os fãs – e [tomara] que possamos levá-los conosco para o resto de nossas carreiras – é o que vamos tirar de melhor [do Superstar]. Hoje em dia, isso é o que nós mais prezamos como banda.”

Scalene

O baixista Lucas Furtado, notável pela empolgação em cima do palco, comenta, aos risos, que a única parte ruim de estar no reality global é “ter que passar todo domingo no Rio de Janeiro”. Gustavo acrescenta: “Temos tocado só música autoral lá. Temos sido quem nós somos – eles têm dado espaço para isso. Então, não tem porque não estar lá.”

Com a possibilidade de vitória do programa, a comparação do Scalene com o Malta (vencedor da primeira edição do reality, no ano passado), torna-se inevitável. O Malta vendeu surpreendentes 100 mil discos logo no primeiro mês de lançamento, pouco depois do fim do Superstar. O sucesso foi ainda maior com um dos singles da banda entrando para trilha sonora de novela da Globo.

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O barulho estrondoso e repentino do Malta pouco teve respaldo da crítica e a banda caminha para se tornar mais um one-hit wonder na história da música brasileira. “A diferença do Scalene é que somos uma banda independente há seis anos e sabemos trabalhar em todas as áreas da cadeia produtiva da música”, argumenta o guitarrista Tomás Bertoni. “Sabemos produzir clipe, gravar disco, agendar show...”

“Temos uma carreira consolidada antes entrar no programa”, continua Tomás, que é irmão do cantor do grupo, Gustavo. “Não fomos uma banda montada para o programa. Já temos discos, clipes e muitas coisas para os fãs consumirem. Mas temos que esperar o fim do programa para ver o que acontece.”

Distraído com o som do show do Boogarins – vazando de forma invasiva pelas paredes do camarim do Audio SP –, Gustavo voltou a comentar, dizendo que “a única coisa que poderia ser ruim seria ir lá e tocar só cover, ter que ‘atuar’ – ser quem a gente não é”. “Mas isso não está acontecendo”, acrescenta. “Então só tem sido positivo.”