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Orlando Bloom comenta o retorno de Legolas em O Hobbit: “Não sou um escritor, mas tudo está muito bem explicado”

Novos personagens são apresentados em A Desolação de Smaug, segundo filme da nova trilogia dirigida por Peter Jackson, que chega aos cinemas nesta sexta-feira, 13

Redação Publicado em 13/12/2013, às 12h31 - Atualizado às 12h35

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O Hobbit - A Desolação de Smaug - Legolas - Divulgação
O Hobbit - A Desolação de Smaug - Legolas - Divulgação

Legolas não está no livro O Hobbit, mas surge na telona na adaptação da obra neste segundo filme da trilogia que chegou aos cinemas nesta sexta-feira, 13. Em A Desolação de Smaug, o personagem vivido por Orlando Bloom surge como um elfo ainda descobrindo o mundo que existe fora do reino do pai dele Thranduil, interpretado por Lee Pace.

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Bloom não nega e teve receio de voltar a interpretar o personagem. “Meu único pensamento, e o argumento que levei a Pete [Peter Jackson, diretor], foi como os fãs reagiriam a Legolas fazer parte de um mundo quando isso não acontecia nos livros”, disse ele, em entrevista concedida pela Warner Bros. com exclusividade para a Rolling Stone Brasil. A confiança “Mas ele foi muito confiante em sua resposta, já que, obviamente, Thranduil é parte deste mundo. Legolas é filho de Thranduil e há espaço para essa história. Pete sempre presta atenção no livro e em como manter a integridade daquele mundo e da história.”

Crítica: O Hobbit leva fãs e iniciantes em novo (e longo) passeio pela Terra-Média.

Leia a seguir o papo com o ator, que se disse feliz em voltar a Nova Zelândia para as novas filmagens – e inclusive morou na mesma casa dos tempos de O Senhor dos Anéis. Ele também comentou a criação da personagem Tauriel (Evangeline Lilly), criada especificamente para a versão cinematográfica.

Veja os cinco pôsteres de O Hobbit: A Desolação de Smaug.

Como você descobriu que Legolas voltaria para os filmes O Hobbit e o que pensou na época?

Orlando Bloom: Estava me comunicando com o [diretor] Peter Jackson. Nós nos encontramos em Londres quando ele estava por lá. Ele disse: “Olha, tenho esta ideia de ‘Leggy’ voltar. É o que estamos pensando e como vemos. O que você acha?” Respondi: “Claro”. Amo o personagem, amo Peter Jackson e amo a Nova Zelândia, então falei: “Sim, ótimo.”

Criativamente, acho que eles [Jackson e co-roteiristas Fran Walsh e Philippa Boyens] gostam de ficar abertos para as histórias evoluírem e mudarem. Então havia um esboço amplo sobre como as coisas deveriam funcionar. Entrei nessa às cegas também, acreditando que as coisas realmente tomariam forma. Claro, tendo trabalhado com Pete, Fran e Philippa, e estado na trilogia O Senhor dos Anéis, eu tinha uma noção de como seria. Estava empolgado, realmente empolgado, e grato pela oportunidade. Pete me deu um começo na vida de tantas formas, em termos de carreira, ao me escalar como Legolas. Amo aquele personagem e amo aquele mundo. Foi uma decisão fácil em muitos aspectos.

Meu único pensamento, e o argumento que levei a Pete, foi como os fãs reagiriam a Legolas fazer parte de um mundo quando isso não acontecia nos livros. Mas Pete foi muito confiante em sua resposta, já que, obviamente, Thranduil é parte deste mundo. Legolas é filho de Thranduil e há espaço para essa história. Pete sempre presta atenção no livro e em como manter a integridade daquele mundo e da história. Ao mesmo tempo, ele usa uma licença criativa para oferecer, o que espero que sejam, para fãs e público, enredos atraentes e desenvolvimento de personagens. Então, para mim, é um equilíbrio muito bom.

Veja os sete pôsteres de O Hobbit: A Desolação de Smaug publicados por Peter Jackson, no Facebook.

Como foi voltar a Nova Zelândia e usar as orelhas e a peruca de Legolas de novo? Você sentiu o personagem voltando.

Claro, foi maravilhoso retornar a Nova Zelândia. Foi meio como voltar à família, na verdade, de várias maneiras. Morei na mesma rua em que vivi quando filmei lá pela primeira vez. Foi incrível. Obviamente, também colocar as orelhas, a peruca e o figurino e todas as coisas do personagem. Tive tempo para treinar arco e flecha, luta de espadas, cavalgada, movimentos e tudo o mais antes de filmar. Tudo aquilo me informava, lembrava e atualizava em termos do que eu estava fazendo com o personagem e como o tinha abordado anos atrás. Foi uma experiência maravilhosa.

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Legolas terá cenas malucas neste filme como na primeira trilogia?

Sim, ele tem alguns momentos bem legais. Pete é bom nisso, sabe do que cada personagem precisa em termos de momentos para agir, e acho que isso faz parte de quem Leggy é. Ele é um ótimo personagem: ele chega, não diz muito, faz alguns movimentos legais e toma conta da situação. É um plano simples, mas eficaz.

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O que Legolas acha de Thorin (Richard Armitage) e da companhia de anões quando encontra com eles? Tem a mesma antipatia pelos anões que vem desde os filmes O Senhor dos Anéis?

Bom, como uma prequel, são nessas histórias que vemos muito claramente o início do conflito inter-racial entre anões e os elfos começar, ou pelo menos a história disso. É bem claro, e eu diria que sim, absolutamente.

Os elfos do Reino de Mirkwood [também conhecido como Floresta Negra], que foi como sempre vi Legolas, são um grupo um pouco militante. Acho que [J.R.R.] Tolkien os descreveu como “menos sábios e mais perigosos”, o que realmente os resume. Então, definitivamente há algo a mais e uma espécie de sabor neles.

Acho que o legal da minha trama nestes filmes é que você vê por que este personagem se juntou à Sociedade [na trilogia O Senhor dos Anéis]. Faz sentido. É muito bem elaborado e pensado a partir desta perspectiva. Pelo menos é o que acredito. Acho que ela se desenrola bem e que os fãs gostarão. Não sou um escritor, mas, na minha cabeça, tudo está muito bem explicado.

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Você pode me dizer sobre a relação de Legolas com a guerreira elfa Tauriel, papel de Evangeline Lilly, e como foi trabalhar com ela?

Tauriel é uma elfa iniciante, destruidora. É ainda menos sábia e mais perigosa, uma personagem muito obstinada. A história para meu personagem é esta dinâmica de pai e filho com Thranduil. Tauriel entra nisso com a trama dela. É uma adição muito boa e interessante na história para Legolas. Acho que tudo funciona bem porque, obviamente, é uma prequel.

Gostei muito de trabalhar com a Evangeline. Achei que foi uma ótima escolha para Tauriel e ela trouxe sua própria visão e ideias para a personagem, e acho que funcionou muito bem. Tauriel é uma ótima personagem e ela e Legolas se contrapõem muito bem. É um bônus adicional, digamos.

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Você mencionou a dinâmica entre pai e filho de Legolas e Thranduil. Como descreveria a relação deles?

O pai dele é um personagem complexo, obviamente, muito poderoso e um tanto ferido. Há uma dinâmica interessante baseada em Thranduil. Ele está tentando controlar, manter e desenvolver o poder desses elfos em Mirkwood e como eles interagem com os anões. Acho que Legolas, nessa dinâmica de pai e filho, é o filho crescendo e se transformando no personagem que sai para fazer parte da Sociedade do Anel. Ele está aprendendo e percebendo que há coisas que quer fazer fora dos limites da família.

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Desde que estreou como Legolas, as pessoas lhe disseram ao longo dos anos que ele é o personagem favorito?

Sim, é verdade. É um ótimo personagem. Como disse, foi uma decisão muito fácil em vários aspectos porque amava interpretá-lo. É um personagem lindamente escrito por Tolkien, e a visão de Pete para ele e como a história dele se desenrolou foi simplesmente maravilhoso. Então, tem sido fantástico.

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