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“Festivais são responsáveis por transformação da música nos últimos anos”, diz guitarrista do BaianaSystem

Banda de Roberto Barreto foi headliner da noite de estreia do segundo final de semana do festival BR 135, que acontece em São Luís, no Maranhão

Anna Mota, de São Luís Publicado em 01/12/2017, às 17h49 - Atualizado às 19h34

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BaianaSystem - Cartaxo
BaianaSystem - Cartaxo

O povo de São Luís, no Maranhão, teve o esperado primeiro encontro com o BaianaSystem na noite da última quinta, 30. E não podia ter sido melhor. “Quando começou, parecia que estávamos tocando no Pelourinho. A gente se sentiu muito em casa”, comentou o guitarrista Roberto Barreto, em uma conversa com a Rolling Stone Brasil nos bastidores do festival BR 135, que tem programação gratuita que segue até este sábado, 2, no centro histórico da capital nordestina.

Desde o lançamento do aclamado Duas Cidades, o grupo baiano tem sido convocado para integrar inúmeros festivais — tanto do circuito independente como do comercial —, passando só em 2017 pelo Lollapalooza, em São Paulo, Rock in Rio, no Rio de Janeiro, Bananada, em Goiânia, e Se Rasgum, em Belém. “Esses festivais são muito importantes. Eles têm sido responsáveis por segurar e transformar a música [brasileira] nos últimos anos. São eventos com 15, 16, 17 anos, que se formaram com artistas e com o público”, opina. “E a circulação [da música] se deve muito a eles. Acredito que vir a São Luís, por exemplo, não seria viável sem o festival.”

BR 135: BaianaSystem reforça potência em noite de performances políticas no festival maranhense

A apresentação do BaianaSystem no BR 135 foi antecedida por uma performance da atriz Áurea Maranhão, baseada na música “Todo Mundo Nasce Artista”, que teve como tema “a arte contra a censura”, segundo ela. Para Barreto, tal discurso não só é pertinente como é o único resistente no Brasil atual. “Estamos vivendo um momento em que todos estão estáticos, atônitos, assistindo o que está acontecendo [na política]. Não há mecanismo de reação nem força de mobilização, então os artistas acabam representado a única voz existente.”

E o trabalho político da banda continua em produção. “Estamos fazendo música. Mas não fazemos muito planos”, brinca. “Não sabemos ainda se vamos lançar disco, ou lançar faixas separadamente. Estamos trabalhando, e nosso próximo foco é o carnaval, algo sempre muito importante para nós.”

*A jornalista viajou a São Luís a convite do festival BR 135