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Os Outros fazem bonito no Rec Beat

Banda carioca apresentou rock dançante e letras sagazes, perdendo em popularidade somente para os veteranos do Devotos, que pilotaram um lindo bate-cabeça

Carolina Requena, enviada ao Recife* Publicado em 03/02/2008, às 19h52 - Atualizado em 07/02/2008, às 19h26

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Os Outros ficam à vontade no palco do Rec Beat - Costa Neto/Divulgação
Os Outros ficam à vontade no palco do Rec Beat - Costa Neto/Divulgação

À parte do encerramento triunfal da primeira noite do Rec Beat, a cargo dos veteranos do Devotos (mais, aqui), a banda carioca Os Outros fez um show competente no Recife, neste sábado, 2.

O quinteto pegou o público de cara com seu rock dançante e letras sagazes. O bom som colaborou com a densidade da banda, entrosada e orgulhosa de sua primeira pisada em palcos recifenses (também primeira vez distante do eixo Rio-SP). Na lojinha do festival, o grupo pôs à venda seu SMD (tecnologia criada pelo sertanejo Ralf) "Nós Somos Os Outros", a R$ 5.

Depois dos cariocas, subiram ao palco Ras Bernardo e a QG Imperial. Exaltando Jah e ganhando uma palhinha e elogios de Cannibal, do Devotos, Ras (ex-Cidade Negra) conduziu com energia seu reggae tradicional, amparado pela banda que reúne músicos de estados diversos, como SP e PE. Maciça, a platéia acendeu e dançou.

Abertura pernambucana

Às 20h, o que mais chamava a atenção era a coleção de copos, garrafas e latinhas de outros carnavais empacada na lama à beira do Capibaribe. Vinte minutos mais tarde e em frente a duas centenas de pessoas, os pernambucanos do Ramma Seca abriram os trabalhos. Formado em 2003, o quinteto se limitou a cantar a exaltação de coqueiros e praias e outros temas englobados na filosofia "positive vibration" e fez críticas à "violência generalizada deste estado".

A segunda banda da noite se apresentou depois de um intervalo com desfile de moda (!). Em princípio sem ressonância na platéia, pelo impacto do som eletrônico pesado, a dupla Julia Says, recém-nascida, conseguiu se estabelecer com a candidata a hit "Mohammed Saksak" (ele não tem nome / ele é apenas um suicida / ele matou três pessoas / ele matou a si mesmo), tocada de primeira e no encerramento. Em transe na bateria, Anthony Diego, também a cargo das (vastas) programações eletrônicas, conquistou mais simpatia do que seu companheiro falante, o guitarrista e vocalista Pauliño.

Concorrência

Neste domingo, se apresentam no Rec Beat Isaar, Orquestra Contemporânea de Olinda, Marina de La Riva, boTECOeletro e Móveis Coloniais de Acaju. As últimas atrações vão disputar público com Nação Zumbi e Paralamas do Sucesso, escalados para o palco do Marco Zero. Nenhum dos espaços cobra entrada.

*Viagem a convite da prefeitura do Recife