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Por que os Rolling Stones são patrocinados por uma empresa de aposentadoria?

No Filter, nova turnê da banda, tem um ônibus na porta dos shows para conscientizar as pessoas a aplicarem seu dinheiro

Amy X. Wang / Rolling Stone EUA Publicado em 12/06/2019, às 14h27

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Mick Jagger (Foto: Markus Schreiber/AP)
Mick Jagger (Foto: Markus Schreiber/AP)

Mick Jagger completa 76 anos em julho. Apesar da aparente eternidade do frontman, a maior parte dos fãs dos Rolling Stones, que tem entre 45 e 75 anos, estão ou se aproximando da aposentadoria ou já estão a aproveitando - o que faz deles o grupo demográfico perfeito do grupo improvável que patrocina No Filter,  a nova turnê da banda.

Quando os fãs chegarem aos shows dos Stones nos Estados Unidos, um ônibus dirigido pela Alliance for Lifetime Income (Aliança para Renda Vitalícia), uma instituição sem fim lucrativos que nasceu há um ano e foi formada por 24 firmas de serviços financeiros para propagar o conhecimento sobre opções de aposentadoria, vai recebê-los do lado de fora dos estádios.

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A Aliança, que não recomenda nenhuma firma específica e sim encoraja as pessoas a explorar ferramentas de planejamento financeiro e várias opções de renda anual sem vínculos empregatícios, é a principal patrocinadora da turnê dos Stones, em uma parceria movida pelo relacionamento anterior da banda com um dos integrantes da organização. (A companhia de seguro de vidas Jackson National patrocinou uma exibição dos Stones no último ano.)

Já que a Aliança não tem fins lucrativos, o custo do acordo foi “bem menor” do que daqueles feitos com grandes empresas, mas a banda estava interessada em apoiar a causa, disseram os organizadores.

“Um dos aspectos dos dias de hoje é que as pessoas envelhecem e continuam a viver a vida, mas não pensam na aposentadoria.” Jean Statler, diretora executiva da organização, disse à Rolling Stone EUA. “Começamos a falar com os Stones há um ano, e aproveitamos a chance de patronizar a turnê. Foi um sonho se tornando realidade. Quando você olha para o grupo demográfico das pessoas que seguem os Stones, é quase 100% de chance de ser nosso público alvo - pessoas de 45 a 75 anos com alguma renda, prontos para a vida pós-carreira.”

Statler acrescentou que a organização espera falar com o público de 1,5 milhões da turnê e os 24 milhões de seguidores nas redes sociais, através de promoção nos pontos principais nos shows e em campanhas online feitas entre os dois grupos. “Acho que estamos quebrando barreiras porque a gente fala pelo nome dos Stones, e só deles deixarem a gente falar com mais gente, podemos ajudar a acabar com a crise social de pessoas que terminam a vida sem dinheiro”, disse ela. Os Stones são o primeiro grupo musical que a empresa foca para campanhas, mas querem fazer acordos parecidos. “Pelo que sei, Bob Dylan fará uma turnê ano que vem. Quem sabe?”, disse Statler.

O ônibus da Aliança também vai oferecer experiências de bastidores dos Stones para os fãs que esperarem na fila para os shows. Alguns integrantes da turnê, como o produtor dos Stones, vão aparecer pessoalmente na campanha como pessoas de trabalho de alto risco que exploram opções viáveis de aposentadoria.

Mas a banda em si provavelmente não vai promover planos de aposentadoria - vendo como os Stones ficaram quietos sobre quaisquer planos de parar de tocar. “Nós estamos tentando escolher algumas músicas que não tocamos faz tempo, coisas que não fizemos antes.”, disse Mick Jagger nesta semana. “A maior parte das pessoas não quer algo estranho, eles querem algo só um pouco estranho”, disse, e ainda garantiu que está bem de saúde.

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