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Rock in Rio 2015: Ministry mistura loucura com críticas ferozes aos Estados Unidos

Ícones do metal industrial deixaram as coisas mais pesadas na Cidade do Rock

Redação Publicado em 19/09/2015, às 18h50 - Atualizado às 20h07

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rock in rio - dia 2 - ministry - Elis Mello/ Estacio/ Divulgação
rock in rio - dia 2 - ministry - Elis Mello/ Estacio/ Divulgação

O frontman adentrou o palco Sunset neste sábado, 19, de bata colorida, máscara de gás, dreadlocks, piercings por todo o rosto e bengala com uma caveira na ponta. Nesta que foi a mais exótica apresentação feita neste início do Rock in Rio 2015, Al Jorgensen, de 56 anos, vocalista do Ministry, mostrou que a veterana banda é mesmo um ícone do metal industrial. O fim de tarde na Cidade do Rock foi mais sombrio e anárquico com as guitarras pesadas e distorções eletrônicas do grupo.

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O início de espetáculo esteve à altura da introdução dos norte-americanos. A letra de “Hail to His Majesty”, a primeira a ser tocada por eles, mistura ofensas e a descrição de uma "experiência" de sexo oral. Em seguida vieram “Punch in the Face” (uma ode ao prazer de acertar alguém com um murro no rosto) e “Permawar”, todas parte do mais recente disco da banda, From Beer to Eternity (2013).

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“Fairly Unbalanced” — mais uma de From Beer to Eternity — começou a mostrar que o Ministry não é apenas insanidade. “Outro dia assisti à Fox News. Juro que eles tinham todos fumado crack”, diz a polêmica canção, que protesta contra o teor ultradireitista do canal de notícias norte-americano.

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“Rio Grande Blood”, a primeira mais antiga deles (do autointitulado disco de 2006), é uma severa denúncia contra o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush. “Lies, Lies, Lies” (do mesmo álbum) questiona as explicações dadas pelo país mais poderoso do mundo ao atentado de 11 de setembro de 2011 contra os prédios do World Trade Center.

“Waiting” e “Worthless”, de Houses of the Molé (disco que tem quase todos os nomes das faixas começando com “w” em protesto contra W. Bush), vieram em seguida. “N.W.O.” e “Just One Fix”, de Psalm 69: The Way to Succeed and the Way to Suck Eggs (1992), resgataram os primórdios do grupo, amparadas pelo vocal de Burton C. Bell, do Fear Factory.

“Thieves” e So What”, de The Mind Is a Terrible Thing to Taste (1989), fecharam o inesquecível espetáculo do Ministry em sua segunda aparição pelo Brasil (a outra aconteceu no primeiro semestre de 2015). O segundo dia de Rock in Rio ainda aguarda Korn, Gojira, Mötley Crüe, Metallica e outros.

Veja o horário dos próximos shows deste sábado, 19, no Rock in Rio:

19 de setembro (sábado)

19h: Gojira (Palco Mundo)

20h: Korn (Palco Sunset)

20h: Motorocker (Rock Street)

21h: Royal Blood (Palco Mundo)

22h30: Mötley Crüe (Palco Mundo)

23h59: Metallica (Palco Mundo)