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Rock in Rio 2017: beijo entre Johnny Hooker e Liniker e mensagem “amar sem temer” marcam show vibrante e político dos artistas

Almério também participou da apresentação, que arrancou lágrimas da plateia ao exibir no telão que “uma pessoa LGBT morre no Brasil a cada 25 horas”

Anna Mota, do Rio de Janeiro Publicado em 17/09/2017, às 18h27 - Atualizado às 22h36

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Beijo de Johnny Hooker e Liniker durante a performance no Rock in Rio 2017, no Palco Sunset - Divulgação/I Hate Flash
Beijo de Johnny Hooker e Liniker durante a performance no Rock in Rio 2017, no Palco Sunset - Divulgação/I Hate Flash

Sensual, dançante, performático e necessário. Assim foi o show de Johnny Hooker neste domingo, 17, no Palco Sunset do Rock in Rio. Os vocais marcantes do recifense foram potencializados pelos convidados especiais da tarde: Liniker e os Caramelows e Almério.

A apresentação foi antecedida por um vídeo que falava sobre "Não Recomendado", música de Caio Prado regravada pelos três para marcar a parceria no Rock in Rio. Sobre a letra ("má influência, péssima aparência, menino indecente, 'viado'!"), Hooker disse na gravação: "É uma grande reafirmação sobre a vida, sobre as nossas existências tanto pessoais quanto artísticas”.  

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Com um macacão de paetês, remetendo à figura de Freddie Mercury, ele foi aplaudido ao entrar cantando "Touro". O público estava igualmente brilhante, exalando glitter e excitação. A performance continuou com "Corpo Fechado" (originalmente gravada com Gaby Amarantos) e "Alma Sebosa", antes de ele receber Liniker para o melhor momento do show.

Após a dançante “Louise du Brésil”, a cantora disse que gostaria de dedicar a música seguinte “a todas as afetividades, a todas as formas de amor presentes”. Assim introduziu “Zero”, que foi acompanhada por um intérprete de libras.

O fim da música foi a deixa para Hooker voltar ao palco e se unir a Liniker em “Flutua”, single lançado recentemente pela dupla. O refrão, que repete “ninguém vai poder querer nos dizer como amar”, foi acompanhado por um telão que dizia “amar sem temer”, e depois relembrava dados alarmantes sobre o Brasil continuar no posto de país que mais mata pessoas LGBT no mundo: “uma a cada 25 horas”. A canção foi finalizada com um beijo entre Hooker e Liniker, aplaudido por um público já aos prantos, que se identificou com os versos.

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Almério apresentou uma versão de “Luar do Sertão”, de Luiz Gonzaga, antes de Hooker interromper o show para voltar a atenção da plateia para uma pessoa especial: a avó dele. “Ela veio do Recife até aqui só para ver a gente”, enfatizou, antes do público puxar um coro para homenageá-la.

No fim, os três se juntaram para “Não Recomendado”, “Escandalizar” e “Desbunde Geral”, que, em ritmo de frevo, transformaram o Sunset em uma grande festa. Um festival com um público tão acostumado com artistas do circuito comercial não permitiu que a plateia se tornasse exatamente numerosa, mas a emoção avassaladora que tomou conta desbancou o que as apresentações tiveram em quantidade de gente.

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