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Sem parecer um mero tributo, novo Star Wars mantém espírito de aventura da trilogia original

Com surpresas e reviravoltas, O Despertar da Força chega aos cinemas brasileiros nesta quinta, 17

Paulo Cavalcanti Publicado em 16/12/2015, às 15h33 - Atualizado às 16h26

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Chewbacca (Peter Mayhew) e Han Solo (Harrison Ford) em <i>Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força</i> - Reprodução/Entertainment Weekly
Chewbacca (Peter Mayhew) e Han Solo (Harrison Ford) em <i>Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força</i> - Reprodução/Entertainment Weekly

O diretor e produtor J.J. Abrams infelizmente não acertou o tom quando reviveu a franquia Star Trek. Mas ele se recupera de forma espetacular com a nova encarnação de Star Wars. O sétimo filme da saga espacial criada originalmente por George Lucas estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 17, depois de uma longa expectativa e de muita especulação. Mas ninguém precisa se preocupar: O Despertar da Força mantém o espírito de aventura dos filmes dos anos 1970 e 1980, mas não soa retrô ou se parece com uma paródia ou um mero tributo.

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O roteiro de Lawrence Kasdan retoma de onde O Retorno do Jedi (1983) parou e segue em frente com a história sem complicar demais. O novo longa tem frescor, mas também traz a familiaridade que todos esperavam. O bom é que nada nele é exagerado: a trama principal e as histórias paralelas aparecem com clareza e as cenas de ação não soam cansativas ou forçadas. Abrams não abusou dos efeitos especiais e não imprimiu o ritmo excessivamente frenético e histérico que atrapalhou os dois Star Trek que ele dirigiu.

Agora, no novo Star Wars, o antigo Império se chama Primeira Ordem e quer acabar com a Nova República e com a Resistência. Mas a chave para ambos os lados obterem êxito parece ser a sabedoria e conhecimento do Mestre Jedi Luke Skylwalker (Mark Hamill). O problema é que ninguém sabe o paradeiro dele. Entram de forma relutante na busca por Skywalker uma catadora de sucata chamada Rey (Daisy Ridley) e o stormtrooper renegado Finn (John Boyega). Do lado sinistro da Força estão o General (Domhnall Gleeson), o Líder Supremo Snorke (Andy Serkis) e Kylo Ren (Adam Driver) – este tenta ser o sucessor de Darth Vader, mas o jovem ainda tem muitos traumas e conflitos internos para serem resolvidos antes de se tornar um mega-vilão como Vader.

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Todos estes novos personagens inevitavelmente se chocam com os veteranos da saga Han Solo (Harrison Ford) e com a agora General Leia (Carrie Fischer). Segredos são revelados, novas alianças são firmadas, antigos laços de família e de amizade são reforçados e existe até uma grande tragédia que vai deixar os fãs chocados, mas que é primordial para que a história avance.

Como ainda vão haver muitas sequências, o final, de certa forma, fica em aberto. Rey, Boyega e Ren, cada um à sua maneira, têm a Força, mas, naturalmente, aqui ainda não fica muito claro como eles a usarão no futuro e com quais objetivos. O que importante agora é que O Despertar da Força é um tremendo sucesso: o filme tem ação, humor, naves espaciais, lutas de sabre de luz, robôs e criaturas alienígenas em profusão para agradar antigos e novos fãs.