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Vídeo: disco dos Titãs “trata das minorias, dos párias e das pessoas que não têm voz”, diz Sérgio Britto

Nheengatu, lançado pela gravadora Som Livre, é o 18º álbum da banda paulistana

Redação Publicado em 24/05/2014, às 11h21 - Atualizado às 11h27

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Titãs - Marcos Hermes
Titãs - Marcos Hermes

Entendimento e desentendimento coexistem na capa do novo disco do Titãs, Nheengatu, lançado neste mês de maio. De um lado, o título, que dá nome à língua geral criada pelos jesuítas no século 17 para unificar os dialetos indígenas em um só. Ao fundo, a imagem da tela pintada pelo holandês Pieter Bruegel da construção Torre de Babel. “A nossa ideia é que esse disco seja uma foto, é uma polaroid da situação que a gente vive no mundo”, diz o guitarrista Tony Belotto. “No Brasil, mais especificamente”, completa ele.

A Festa Parece uma Vida: os 30 anos loucos de Titãs.

Nesta entrevista em vídeo, o hoje quarteto paulistano discute o conceito do 18º trabalho, desde a sonoridade mais crua aliada a “elementos de música brasileira”, como explica o tecladista Sérgio Britto, à temática dos versos raivosos presentes no disco.

“Fomos percebendo aos poucos que esse disco tratava das minorias, dos párias, das pessoas que não têm voz”, analisa Britto. Para Paulo Miklos, que assume a guitarra da banda nesta nova formação mais enxuta do grupo, a música “Mensageiro da Desgraça” é um exemplo dessa inquietação que compõe o álbum. “Fala de crack, de bebida [alcoólica]”, diz ele. “Fala de uma parte da população que está fora da sociedade.”

“Seria uma estupidez completar 30 anos e não comemorar”, diz Branco Mello, do Titãs.

As faixas, segundo conta Branco Mello (baixo e voz), cresceram ao vivo, na turnê mais recente do grupo e por isso soam tão agressivas no álbum. “Ela já vieram com a carga que a gente vivenciou no disco”, diz ele. “Essas dez músicas conduziram o disco.”

O novo álbum interrompe um período de cinco anos sem um disco de estúdio da banda. O último havia sido Sacos Plásticos (2009), ainda com o baterista Charles Gavin – o último titã original a deixar o grupo, em 2010.

Saiba como foi o show do Titãs na festa de aniversário de 6 anos da Rolling Stone Brasil.

Paulo Miklos, Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto, em companhia do baterista Mario Fabre, comemoraram os 30 anos do disco Cabeça Dinossauro em 2012 e seguiram com a turnê Futuras Instalações, ao longo do ano passado.

Nheengatu será lançado pela Som Livre, com produção de Rafael Ramos. O disco chega às lojas no dia 12 de maio.

Titãs lança Cabeça Dinossauro Ao Vivo 2012, gravado no Rio de Janeiro.

Assista à entrevista da banda:

Ouça Nheengatu na íntegra: