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Serviço de streaming Apple Music é lançado com a presença do rapper Drake

Empresa realiza nesta segunda-feira, 8, a conferência anual WWDC, em São Francisco, Estados Unidos

Lucas Borges, de São Francisco (EUA) Publicado em 08/06/2015, às 13h51 - Atualizado em 24/06/2015, às 17h49

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Tim Cook, CEO da Apple (à direita), abraça o cofundador da Beats (e agora funcionário da Apple Jimmy Iovine) no Apple Worldwide Developers Conference, em São Francisco, nos Estados Unidos - Jeff Chiu/AP
Tim Cook, CEO da Apple (à direita), abraça o cofundador da Beats (e agora funcionário da Apple Jimmy Iovine) no Apple Worldwide Developers Conference, em São Francisco, nos Estados Unidos - Jeff Chiu/AP

Um ano depois de ter comprado a Beats, empresa sensação de fones de ouvido e utensílios para o som, do rapper Dr. Dre e do executivo Jimmy Iovine, por US$ 3 bilhões, a Apple anunciou oficialmente o lançamento do Apple Music, seu próprio serviço de streaming. E se o concorrente Tidal tem Jay Z, o rapper canadense Drake foi o convidado de honra nesta segunda-feira, 8, durante a WWDC - The Apple Worldwide Developers Conference.

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Tim Cook, presidente da Apple, falou a respeito da boa nova para mais de 300 jornalistas, além de colaboradores da marca de 70 diferentes países, na 26ª edição da conferência anual, em São Francisco, nos Estados Unidos. A surpresa foi o nome do produto, batizado como Apple Music - previa-se que ele se chamasse Beats Music.

Milhões de músicas, recomendações segundo o gosto dos usuários, lançamentos, vídeos exclusivos e clipes, uma rádio mundial, a Beats Radio, com canais em Los Angeles, Londres e Nova York, exibição de letras, interação com artistas e seleção de canções de uma época, de um filme ou de uma banda específicos pelo dispositivo de voz Siri foram prometidas por Iovine, que esteve presente na reunião.

"Eu perguntei, 'Podemos montar algo parecido [com os concorrentes] com a elegância e a simplicidade que só a Apple tem?'", disse o empresário. Tim Cook acrescentou: "Amamos música e ela é parte muito importante da nossa vida e da nossa história. O Apple Music mudará a experiência sonora para sempre”.

“Quero falar honestamente sobre a honra que é estar nessa sala com indivíduos que mudaram o mundo com a tecnologia”, afirmou Drake. Para encerrar a primeira parte da convenção com pompa e respeito, o cantor de R&B Abel Tesfaye, mais conhecido por seu nome artístico The Weeknd, entrou em cena para apresentar a inédita "I Can’t Feel My Face".

Jay Z rebate críticas ao Tidal: “A loja do iTunes não foi construída em um dia”.

O produto estará disponível em mais de 100 países, inclusive para o Brasil, até 30 de junho deste ano, para Windows e Android, inclusive, e custará US$ 9,99 por mês, com um período de teste de 90 dias. Não está definido se esse mesmo preço valerá para o Brasil. Ainda haverá um plano de US$ 14,99 para até seis membros de uma mesma família. Uma parte limitada do serviço poderá ser acessada gratuitamente por um ID Apple. Veja abaixo:

Até então, a aposta da empresa no mercado de fornecimento de música pela internet era o iTunes, por meio do qual pagava-se por cada faixa ou álbum separadamente. O conteúdo do iTunes segue existindo normalmente.

Celebridades marcam presença no evento de lançamento do serviço de streaming de Jay Z.

Com esta nova jogada, a gigante da tecnologia passa a competir em um mercado dividido por empresas como Spotify, Rdio - cujos aplicativos foram citados na apresentação do iOS 9, uma gafe -, Deezer, Google Play e pelo também incipiente Tidal, que tem outro rapper, Jay Z, como proprietário.

Todos os citados acima ainda concorrem com o YouTube, que oferece canções de forma gratuita, motivo de polêmica entre os artistas. Os músicos tampouco se mostram satisfeitos com os acordos econômicos feitos com o Spotify, por exemplo. Vide o capítulo Taylor Swift, cantora que retirou o repertório dela do serviço de streaming mais popular do mundo, no final de 2014.

O Tidal, apoiado por inúmeras celebridades unidos a Jay Z, aliás, surge como um novo caminho frente a suposta hegemonia das demais grifes do ramo.

A Apple mostrou estar a par do que existe de mais quente nas paradas ao colocar nas caixas de som do Moscone Center, antes da abertura do evento, faixas dos recentes discos de Florence and The Machine e Alabama Shakes. A exibição foi introduzida por "Uptwon Funk", de Mark Ronson e Bruno Mars. Os presentes se agitaram no mar de cadeiras do salão.

Tecnologia

Além do Apple Music, a empresa lançou alguns itens aguardados ansiosamente pelos amantes da tecnologia. Como o novo OS X El Capitan, software dos computadores da Apple, e o iOS 9, software de celulares compatível a partir do iPhone 4S, com interfaces que prometem rapidez, praticidade e baterias com longa duração. Outra novidade é a atualização do relógio watch OS, permitindo respostas de e-mails e conversas pelo FaceTime.

O tradicional bloco de notas do iPhone deve se tornará mais complexo, com possibilidade de criação de rascunhos de desenhos com os dedos e de anexar links e imagens. O mapa ficará mais elaborado, com indicações que se assemelham ao aplicativo de trânsito Waze. O app News organizará as leituras diárias, apresentando textos em modelos visualmente inteligentes - inicialmente, ele não estará disponível no Brasil.

E também há a introdução do Metal, programa que pretende acelerar e aperfeiçoar a elaboração gráfica - e , consequentemente, a experiência dos consumidores finais - com produtos como jogos de videogame e o Apple Pay - sistema de pagamentos próprio somente para os EUA e para o Reino Unido.