<b>NOVOS AMIGOS </b> Harper tem parceiros musicais variados - Divulgação

4 PERGUNTAS - Referências Variadas

Ben Harper fala sobre tocar com os amigos Vanessa da Mata e Ringo Starr

Paulo Cavalcanti Publicado em 09/12/2011, às 12h34 - Atualizado em 26/12/2011, às 14h50

O cantor e compositor Bem Harper passa pelo Brasil neste mês. Não é a primeira vez que o músico, que em seu som junta R&B, soul e folk, vem ao país, mas desta vez a passagem será um pouco mais extensa, com Harper se apresentando em seis cidades. Nas apresentações, Harper toca em nosso solo canções dos bem recebidos White Lies for Dark Times (2009) e Give Till It’s Gone, que saiu em maio.

Aqui no Brasil, você é conhecido pela canção “Boa Sorte/Good Luck”, que gravou com Vanessa da Mata. Dá para adiantar como vai ser o show?

A Vanessa vai participar de meus shows, pelo menos de alguns deles. Não sei exatamente como será, somente quando eu estiver no país para ensaiar que descobriremos. Mas ela deverá trazer alguma coisa nova.

Por muitos anos você esteve ligado aos Innocent Criminals e desde 2009 grava e excursiona com o Relentless7. Como foi trocar de banda?

Eu conheci uma banda que o Jason Mozersky [atual guitarrista do Relentless7] tinha no Texas, no final dos anos 90. Nunca tivemos a oportunidade de fazermos nada juntos. Mas, enquanto eu gravava White Lies for Dark Times (2009), Jason apareceu com uns caras muito bons e um novo núcleo de banda surgiu. O Innocent Criminals e o Relentless7 são grandes bandas, então não teve muita diferença em termos de dinâmica e evolução musical. O que conta são as qualidades individuais de cada músico e aí é que vem a diferença quando você grava um álbum.

Em Give Till it’s Gone, Ringo Starr toca bateria nas faixas “Spilling Faith” e “Get There from Here”, que ele também ajudou a compor. Como é sua relação com ele?

Em 2008, eu entrevistei o Ringo para um lance do MySpace, que era um músico falando com outros músicos. Não sei se me saí muito bem, eu estava nervoso, não sei se as minhas perguntas foram boas. Mas foi uma ocasião engraçada, até mesmo bizarra, e depois disso, eu comecei a ter muita admiração pelos jornalistas [risos]. Mas eu descobri no Ringo um amigo, um mentor. Por sorte ou destino, nos encontramos em mais alguns eventos. Eu o chamei para tocar no álbum e digo que levar o Ringo para o estúdio nem sempre é fácil. Mas o que posso dizer? Se os beatles sempre foram uma grande influência, então ter um Beatle de verdade tocando comigo é uma experiência que não é nem para descrever, é para ouvir.

Você acabou se tornando amigo de Dhani, filho de George Harrison, e montou com ele o Fistful of Mercy. Como foi essa experiência?

Eu conheci o Dhani por meio de minhas conexões com o skate: nós andávamos de skate no mesmo lugar, mas não nos víamos como músicos, e sim como caras que dividiam o mesmo espaço para praticar um esporte. Ficamos amigos – a música falou mais alto. Nos juntamos a Joseph Arthur, outro amigo em comum e gravamos um disco meio acústico [As I Call You Down], que foi feito em três dias. Mas essa é que é a graça, foi um trabalho feito sem nenhuma pretensão comercial ou com algum tipo de pressão para vender. E, com o Dhani a meu lado no estúdio, eu pensava e rezava pelo pai dele. Acho que, pelas harmonias, tem muito de Traveling Wilburys nesse disco.

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