Antes de o Led Zeppelin se tornar a maior banda do planeta, na década de 1970, os integrantes já iam burilando o som que iria mudar os rumos do rock. Aqui, dez faixas ajudaram a formar a essência do Led. <br><br> <b>Por Paulo Cavalcanti</b> - Reprodução

Dez músicas e momentos que direcionaram o Led Zeppelin

Paulo Cavalcanti Publicado em 07/09/2018, às 11h22 - Atualizado às 11h30


Tudo começou aqui, quando o jovem James Patrick Page, com apenas 14 anos na época, montou uma banda de skiffle, um estilo folk muito ligado às raízes dos primórdios do rock and roll. Nesta rara aparição na televisão inglesa, Page e amigos executam a tradicional “Mama Don't Allow Me To Skiffle” e dão uma pegada bem moderna a ela.
No tempo em que era um músico de estúdio, o futuro baixista do Led Zeppelin gravou este single, "Baja", que tinha do outro lado a faixa “A Foggy Day in Vietnan”. O lançamento não chegou a canto algum e hoje é uma raridade muito procurada. Mas neste clássico da surf music, gravada originalmente um ano anos, em 1963, pelo The Astronauts, ele já apresentava padrões musicais que iria usar na banda.
Em 1965, Jimmy Page lançou um single solo que hoje é uma grande raridade procurada pelos colecionadores. Ele toca todos os instrumentos e também canta em "She Just Satisfies". A faixa segue o estilo do R&B Mod do The Kinks, do Yardbirds e outros. O lado B foi a instrumental “Keep Moving”.
O escocês Donovan Leitch despontou como uma espécie de clone britânico de Bob Dylan. Logo ele deixou o folk acústico e se transmutou em um menestrel psicodélico. Em 1966, o cantor gravou este clássico, "Sunshine Superman", com Page na guitarra e Jones no baixo. Foi a primeira vez que os futuros integrantes do Led Zeppelin trabalharam juntos.
Em pouco tempo, o jovem John Paul Jones se tornou um dos mais requisitados músicos de estúdio da cena inglesa. Em 1967, ele foi convidado pelos Rolling Stones para fazer os arranjos de cordas da pérola barroca “She’s a Rainbow”, uma das principais faixas do álbum psicodélico Their Satanic Majesties Request. O talento de Jones como arranjador floresceu de vez nos anos posteriores dentro do Led Zeppelin.
Em 1967, Mick Most assumiu a produção do Yardbirds e tentou dar à banda um toque mais comercial. A esta altura, ela já estava desintegrando e músicos de estúdio participavam no lugar dos integrantes. Jimmy Page não se importou e recrutou John Paul Jones para tocar e elaborar o arranjo psicodélico de “Tem Little Indians”, faixa que Harry Nilsson adaptou a partir de uma tradicional cantiga infantil.
Depois da debandada de Jeff Beck, Jimmy Page assumiu as rédeas do Yardbirds e passou a moldar a banda a seu bel prazer, levando-a para um caminho mais pesado e experimental. Em 1968, ele adaptou "Dazed and Confused", do cantor folk Jake Holmes, e passou a tocá-la com o Yardbirds. Page retrabalhou a faixa no primeiro álbum do Led Zeppelin e ela se tornou uma das peças de resistência do quarteto.
A adaptação roqueira de Jeff Beck para a peça de Maurice Ravel foi histórica. Além da guitarra solo de Beck, Page estava na outra guitarra, tomando conta do ritmo. Keith Moon (The Who) na bateria e John Paul Jones no teclado e baixo completaram a formação. A gravação de "Beck's Bolero" foi feita em 1968 e incluída em Truth, álbum clássico da Jeff Beck Band lançado em agosto daquele ano.
Um das bandas mais populares do circuito de blues de Birmingham, a Band of Joy tinha Robert Plant nos vocais. Ele saiu do grupo, tentou outras coisas, mas anos depois se uniu a eles novamente. Só que agora o baterista era um jovem dinâmico chamado John Bonham. Os músicos realizaram uma gravação demo no começo de 1968, mas não foram contratados por nenhuma gravadora. Pouco tempo depois, Plant e Bonham já estavam no Led Zeppelin. O blues “I’ve Gotta Find My Baby” é um dos registros daquela época e já lembra um pouco o som da futura banda de Plant e Bonham.
Em 1968, um pouco antes do início da turnê na Escandinávia como The New Yardbirds, Page (guitarra), Plant (harmônica), Jones (baixo) e Bonham (bateria) se reuniram em estúdio como a banda que iria acompanhar o norte-americano P.J. Proby no álbum Three Week Hero. Nesta faixa, já temos um proto-Led Zeppelin – a única diferença é que o vocal é feito por Proby. A faixa se chama “Jim’s Blues”, servindo como tributo de Proby a Page, amigo dele de longa data.
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