Lady Marmelada

Katiuscia Canoro, a Lady Kate, quer espalhar teorias anarquistas por aí

Por <b>Christina Fuscaldo</b> Publicado em 12/12/2008, às 15h14

"Não gosto de comédia. Filme de humor? Morro de preguiça. Às vezes dou risada de coisas que não são engraçadas." Essa declaração dita por qualquer mortal já seria esquisita e ela fica ainda mais grave tendo saído da boca de uma das humoristas mais bem cotadas do momento: Katiuscia Canoro.

Em uma hora e meia de bate-papo no Cafeína, em Ipanema, onde os cariocas adoram sentar no meio da tarde para jogar conversa fora, descobre-se que a mulher por trás da Lady Kate - a ex-prostituta, hoje milionária, que dá show no Zorra Total - discute política, revolta-se com a falta de consciência geral e gosta das coisas simples da vida.

Mas o que tem feito essa curitibana de 30 anos gargalhar é mesmo o CQC [Custe o Que Custar]. "Eles são um grupo terrorista do bem e fazem o que sempre quis. Tenho várias teorias anarquistas. Acho, por exemplo, que a saúde e a educação melhorariam se houvesse uma lei que obrigasse os homens do poder público a colocar seus filhos em escolas do governo e cuidar deles em hospitais públicos. É que, no Brasil, ninguém reclama de nada. E o povo joga lixo para fora da janela do carro. Dá vontade de chorar de raiva", lamenta.

Katiuscia não é barraqueira como Kate, mas é tão espontânea quanto. Foi assim, sem forçar a barra, que ela percebeu seu dom para o humor. "Era a palhacinha da turma. Tinha o tempo da piada e uma certa facilidade para criar tipos. Percebi isso quando fiz um Chicó muito divertido em uma montagem de O Auto da Compadecida. Abria a boca e todo mundo gargalhava", relembra.

Outro ponto em comum entre criadora e criatura é a beleza. São padrões diferentes, vá lá: enquanto uma exagera na maquiagem, nas jóias e nos paetês, a outra faz a linha despojada (no dia do encontro, a comediante usava calça jeans larguinha, camiseta listrada e sandálias). Mas as duas andam brilhando: Kate, todo sábado à noite, na TV Globo; Katiuscia, sempre que anda pelas ruas do Rio. "As pessoas já me reconhecem. O mais interessante é que eu não me vejo na Lady Kate. Tenho um estilo menina, não sei usar brinco. E ela é uma mulher."

Você lê esta matéria na íntegra na edição 27, dezembro/2008

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