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Ação Entre Amigos

Sonantes, projeto com Céu e os irmãos Amabis, chega com três anos de atraso ao Brasil

Por Bruna Veloso Publicado em 20/07/2011, às 20h02

Cinco nomes fortes da MPB contemporânea e um bairro em comum, Perdizes, em São Paulo, resultaram no Sonantes, um projeto que rendeu uma coletânea de músicas difíceis de definir - mas fáceis de apreciar. Gravado em 2008 pela cantora Céu, ao lado dos irmãos Gui (marido dela) e Rica Amabis, e de Dengue e Pupillo, ambos do Nação Zumbi, o disco sai com três anos de atraso no Brasil, pelo selo Oi Música. "Na época, não apareceu uma coisa que a gente achasse bacana por aqui. Acho que também não houve interesse, porque é um disco que não tem preocupação com carreira", explica Céu. Sonantes, o disco, saiu no exterior pela gravadora Candeeiro Records. As dez músicas nasceram da proximidade física do grupo: Rica, Dengue e Pupillo dividiam um apartamento (o mesmo onde produziram o projeto 3 na Massa), enquanto Céu e Gui moravam juntos em um prédio vizinho. "A gente conviveu bastante naquela época, tomava café junto, trocava ideia. Começamos a fazer música, mas sem o plano de lançar um CD", conta Rica, que também faz parte do Instituto.

O quinteto convidou outros amigos para temperar o caldo de estilos variados que aparece em Sonantes, entre eles Siba, Fernando Catatau e BNegão. No período do lançamento, não chegaram a ocorrer shows. O primeiro registro ao vivo aconteceu recentemente, no início do ano, quando a banda tocou duas músicas no programa Grêmio Recreativo, apresentado por Arnaldo Antunes na MTV. Mas apresentações não fazem parte dos planos no momento. "A gente não sabe, por causa das agendas e da demanda de shows dos outros projetos. Há outras prioridades", afirma Céu, que revela estar dando os primeiros passos para seu terceiro disco de estúdio. Gui Amabis acaba de lançar seu primeiro disco solo, Memórias Luso/ Africanas; Dengue e Pupillo trabalham em um novo CD do Nação; e Rica, apesar de ansiar o lançamento de um álbum do Instituto, tem projetos mais "urgentes" ao lado do coletivo. "O disco a gente vem fazendo durante estes anos todos, mas é muito difícil conseguir mexer nele, porque sempre tem algum trampo remunerado que precisa ser feito antes."

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