Sweet Cherry Fury: de Santos (SP) para o mundo - Divulgação

Quase Famosos

Seguindo os passos do CSS, o (ainda?) desconhecido Sweet Cherry Fury tenta virar sucesso internacional

Marcio Cruz Publicado em 15/08/2007, às 11h41 - Atualizado em 30/08/2007, às 19h33

O sucesso de bandas brasileiras como Cansei de Ser Sexy e Bonde do Rolê lá fora ainda é tema nebuloso no meio musical. A qual ou quais fatores atribuir o fenômeno? À qualidade musical das bandas ou a um bom marketing viral via My Space? A prova dos nove pode ser o sexteto santista Sweet Cherry Fury. Finalistas de um concurso de bandas adolescentes da rádio britânica BBC e elevados rapidamente à condição de "next big thing", o grupo é composto por um rapaz e cinco garotas, todos entre 16 e 20 anos - exatamente a mesma formação do CSS. "É uma coincidência", afirma o guitarrista Guilherme Peres. "O CSS parte do eletrônico para o rock, e a gente, do rock para o eletrônico. Não significa que soframos influência. Mas é claro que se as comparações nos ajudarem, não vamos negar", diz.

Durante a semana anterior à final do concurso, o Sweet Cherry Fury era tema constante de reportagens nos principais jornais e sites brasileiros. O sucesso repentino, Guilherme admite, não estava nos planos: "No começo, a gente ensaiava por diversão, nem pensava em gravar. Fizemos uma demo, distribuímos e surgiram propostas de shows em São Paulo, Curitiba. Até que soubemos do concurso da BBC e nos inscrevemos". "Cold Blond Body", a música inscrita, foi produzida para o site Trama Virtual por Ronaldo Frege, engenheiro de som que trabalhou com bandas como Belle & Sebastian, Franz Ferdinand, além do próprio CSS.

A possibilidade de se tornarem a próxima sensação brasileira nos clubes europeus ainda assusta. "A gente está um pouco perdido. Queremos consolidar o nome da banda, já que deixou de ser só um hobby", confessa o guitarrista de 17 anos. Mas o discurso de rockstar ainda entra em conflito com a realidade adolescente. Dez minutos após o horário marcado para a entrevista por telefone, Guilherme ainda resolvia problemas no colégio. Pelo menos, as férias escolares deste ano têm tudo para serem inesquecíveis.

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