A banda argentina Él Mató a Un Policía Motorizado - Divulgação

Da garagem à capa da Rolling Stone Argentina, Él Mató a Un Policía Motorizado toca no Brasil neste sábado, 17

Banda argentina retorna ao Brasil para tocar pela primeira vez na capital mineira

Redação Publicado em 17/09/2016, às 13h26 - Atualizado às 13h46

Por Gabriel Nunes

O Él Mató a Un Policía Motorizado vive um dos momentos mais significativos da carreira. Além de estampar a edição de agosto da versão argentina da revista Rolling Stone, o quinteto – que se apresenta pela primeira vez em Belo Horizonte neste sábado, 17, no Festival Transborda – se prepara para acrescentar à enxuta discografia o primeiro álbum em quatro anos.

Estabelecido em 2002, o Él Mató – abreviação adotada na Argentina para se referir ao quinteto – bebe em doses industriais da aridez sonora e da melancolia cadenciada do lo-fi noventista. No entanto, de acordo com o baixista e vocalista Santiago Motorizado (carinhosamente apelidado de Santi pelos fãs), a década e meia de trajetória influenciou o grupo a explorar novas referências.

“Muitas coisas, muitos anos e muitas experiências”, Santi resume sucintamente o percurso trilhado pela Él Mató desde o lançamento do debute autointitulado, em 2004, até o mais recente EP, Violencia (2015). “Em termos musicais, a diferença de Violencia para nossos trabalhos anteriores já começou na produção, que foi encarada de uma maneira nova, com um trabalho mais laboratorial, buscando alcançar uma canção limpa e com um espírito de krautrock”, pontua em entrevista à Rolling Stone Brasil.

Ouça abaixo ao EP Violencia.

Divulgado em dezembro do ano passado, o sucessor da tríade Navidad de Reserva (2005), Un Millón de Euros (2006) e Dia de Los Muertos (2008) foi pensado inicialmente para ser lançado sob o formato de um disco cheio. Porém, na hora de agrupar as canções e lapidar o álbum, os músicos acharam que o tema de algumas das faixas não condizia com o que o grupo gostaria de lançar. Dessa síntese e seleção nasceu Violencia, uma espécie de preâmbulo do que está por vir.

“Estamos terminando de aprimorar novas canções”, afirma Santi. “Já temos 18 faixas sendo pré-produzidas ou então em processo de gravação no nosso estúdio caseiro de La Plata. Em janeiro do ano que vem vamos pegar essas demos gravadas na Argentina e levá-las para os Estados Unidos, onde poderemos gravá-las novamente. Os meses seguintes serão dedicados inteiramente à edição do álbum.”

De volta ao Brasil, a banda formada por Santi, Doctora Muerte, Pantro Puto, Niño Elefante e Chatrán Chatrán se apresentou também na noite da última quinta, 15, no Sesc Pompeia, em São Paulo. “Sempre nos receberam com muito afeto”, diz o vocalista e baixista. “Infelizmente, o português às vezes acaba sendo uma barreira linguística. Mas, por sorte, os brasileiros nos recebem muito bem.”

“A primeira vez que tocamos no Brasil foi em 2007”, segue recordando. “Nos apresentamos na Inferno Club e também encerramos um festival. Estávamos muito nervosos, porque pensávamos que as pessoas iriam embora, já que não éramos tão conhecidos. Mas todo mundo ficou, celebrou e cantou nossas canções em portunhol. Foi realmente mágico e inesquecível. Desde então procuramos sempre voltar pelo menos uma vez por ano.”

Él Mató a Un Policía Motorizado no Festival Transborda

17 de setembro, a partir das 14h

Festival Transborda – Viaduto Santa Tereza, s/n, Centro – Belo Horizonte

Grátis

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