Trem Fantasma - Vinicius Antunes/Divulgação

Exclusivo: ouça Lapso, disco de estreia da banda Trem Fantasma

Conheça o rock psicodélico do grupo paranaense, cujo primeiro álbum foi produzido por Beto Bruno, vocalista do Cachorro Grande

Lucas Brêda Publicado em 21/10/2016, às 15h18 - Atualizado às 15h27

Por Lucas Brêda

Que a psicodelia está de volta à evidência não é novidade. Mas ela também está ganhando novos braços. Nesta sexta, 21, com exclusividade no Sobe o Som, a banda paranaense Trem Fantasma lança o disco de estreia, Lapso, dando calor roqueiro à abordagem lisérgica e viajante do subgênero que surgiu nos anos 1960.

“A gente já fazia esse som antes de Tame Impala sair, mas claro que, quando eles vieram, nós pensamos: ‘Opa, dá para modernizar um pouco a psicodelia’”, conta o vocalista e guitarrista, Marcos Dank, que cofundou a banda por volta de 2008 (o grupo ficou períodos encostado antes de finalizar e gravar o disco de estreia). “Éramos muito Pink Floyd, psicodelia dos anos 1960 e 1970. Ainda somos, mas quando saiu Tame Impala, Pond, mudou.”

A partir do nome – mesmo de uma emblemática música dos Mutantes –, o Trem Fantasma não esconde as raízes no rock feito há quatro ou cinco décadas, mas Lapso também é construído por batidas eletrônicas e timbres modernosos. Há também a influência do produtor do álbum, Beto Bruno, vocalista do Cachorro Grande.

“O Beto influenciou a gente desde sempre”, conta Dank. “Tocávamos Cachorro Grande desde moleque. Beto passou uma semana com a gente na gravação das guitarras, bateria e baixo. O Sanjai [Cardoso, também conhecido como Siri], que foi tão importante quanto o Beto, assumiu e eles se juntaram no final pra fazer a mix. O Beto é o tipo de produtor com quem toda banda sonha. Ele não vai te travar, vai abrir portas, sempre perguntando nossa opinião, nos respeitando muito.”

Além do Cachorro Grande, outro nome de peso atrelado a Lapso – de maneira indireta – é o poeta conterrâneo da banda, Paulo Leminiski. Isto porque faixas como “O Silêncio e o Estrondo” e “Lua Alta” possuem trechos de poemas dele. “Foi mais ideia do Rayman [Juk, que toca baixo e teclas]”, explica o vocalista. “Ele é filho do Paulo Juk, da banda Blindagem, que tinha parceria com o Leminski. Pelo fato de estar próximo, o Rayman conhece a família do Leminski e achou que seria bacana fazer músicas com a obra dele. Conversamos com a família e eles toparam na hora.”

Lapso ganha vida nesta sexta, 21, em todas as plataformas de streaming, com distribuição do Selo 180. No YouTube, as faixas foram liberadas separadamente, cada uma recebendo uma arte específica de Pietro Domiciano, responsável também pela capa do álbum.

Abaixo, conheça Lapso, estreia em álbum do Trem Fantasma

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